"As pessoas seguem-vos muito, não apenas quando estais sobre o terreno de jogo, como também quando estais fora"...
O papa Francisco recebeu esta terça-feira em audiência privada no Vaticano as seleções de Itália e da Argentina, que na quinta-feira disputam em Roma um particular em honra do primeiro pontífice argentino e latino-americano da história.
Perante as dezenas de diretores e jogadores de ambos as seleções, entre eles Lionel Messi, o papa, ex-arcebispo de Buenos Aires e adepto assumido da equipa argentina do San Lorenzo de Almagro, apelou a que os jogadores deem o exemplo à sociedade, dentro e fora de campo.
"Vocês, queridos jogadores, sois muito populares. As pessoas seguem-vos muito, não apenas quando estais sobre o terreno de jogo, como também quando estais fora. É uma responsabilidade social", acrescentou o papa, para quem no futebol impera a "camaradagem". No futebol, sublinhou, não há lugar para o "individualismo" e sim para a "coordenação da equipa".
O papa, que apelou ao fim de qualquer "discriminação" nos estádios, também instou a que o futebol, por muito que se tenha tornado um negócio, nunca perca o seu caráter desportivo.
"Será um pouco difícil para mim puxar por uma ou por outra (seleção), mas por sorte este será um jogo amigável. E que seja verdadeiramente assim é o que vos peço", disse o sumo pontífice às duas delegações na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano.
A delegação argentina, que integra dirigentes de clubes como o presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, e o vice-presidente do San Lorenzo, Marcelo Tinelli, entregou vários presentes ao papa, entre os quais uma bandeja de prata e uma réplica em madeira da estátua de São Francisco de Assis que se encontra na sede da Federação Argentina de Futebol, em Buenos Aires.
Também entregaram ao papa uma camisola da seleção "alviceleste" com o nome de Francisco e assinada por todos os jogadores e o corpo técnico argentino.
Por seu lado, a seleção de Itália entregou ao papa uma camisola da "Azzurra" e uma azeitona, símbolo de vida, paz e simplicidade, valores que se identificam com a ordem franciscana.
Numa conferência de imprensa após o encontro, o capitão da seleção argentina, Lionel Messi, reconheceu estar "orgulhoso" de ter sido recebido em audiência pelo papa Francisco. "Foi uma jornada especial. Estou orgulhoso de ter estado aqui para ver o papa, também porque é argentino. O futebol já me levou por todo o mundo, aos lugares mais incríveis, mas a jornada de hoje foi na verdade uma jornada especial, inesquecível", disse o avançado do Barcelona, premiado nos últimos quatro anos com a Bola de Ouro, que distingue o melhor jogador do Mundo.
Messi explicou que não conseguiu falar diretamente com Francisco porque havia muita gente [as duas delegações juntas tinham mais de 200 pessoas], mas afirmou que levará a sério o apelo do papa para que os jogadores possam dar o exemplo dentro e fora de campo. "A melhor forma de corresponder [ao apelo] é oferecer amanhã [quinta-feira] um espetáculo limpo, no terreno de jogo e nas bancadas", disse.
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