A goleada (5-0) na 1.ª mão dava grande tranquilidade ao Santos Laguna e, apesar da derrota por 3-0 no segundo jogo da final com o Querétaro – Osuna, Corona e Sepúlveda fizeram o resultado na primeira parte, de pouco valendo a entrada de Ronaldinho aos 60’ –, Pedro Caixinha não deixou fugir o título no Clausura mexicano. A equipa do técnico português sagrou-se campeã pela 5.ª vez e o antigo treinador do Nacional somou o 2.º troféu pelo clube, depois da Taça arrebatada em 2014. "Sinto gratidão por poder corresponder às pessoas que tanto em nós apostaram, acreditaram e apoiaram, mas também orgulho por todo o trabalho desenvolvido pelo grupo", referiu Caixinha a Record, admitindo dificuldades: "O adversário entrou com tudo e passou literalmente por cima de nós nos primeiros 35 minutos. Conseguimos tranquilizar a equipa e ordená-la no intervalo e isso refletiu-se na segunda parte."

Numa espécie de balanço, o português que foi o 9.º treinador europeu a conquistar o título mexicano – desde 1980/81, então com Bora Milutinovic a levar o Pumas ao sucesso, que isso não acontecia – não escondeu a satisfação. "Sinto que tem sido um ciclo importante, muito intenso, de grandes experiências e vivências, concluídas com um 2014/15 fantástico", frisou Pedro Caixinha, que após o jogo agradeceu o apoio da família, além da restante equipa técnica, dos dirigentes, jogadores e adeptos.

Duas semanas e meia para descansar

Pedro Caixinha admite que gostaria de voltar a trabalhar no futebol europeu e que sonha um dia "ganhar a Liga Europa ou a Liga dos Campeões", mas garantiu que, para já, continua "de alma e coração" no Santos Laguna. "Desde que aqui estou, há dois anos e meio, apenas fui a Portugal duas vezes. Agora teremos aproximadamente duas semanas e meia de férias para regressar ao trabalho a 22 de junho, uma vez que a 20 de julho temos a Copa de Campeones [frente ao America, vencedor do Apertura] em Houston e a liga começa logo a seguir", adiantou.