«Reduziram-no ao status de servidão, deram-lhe álcool e drogas»: novo inquérito sobre morte de Maradona

Em comunicado, herdeiros alertam ainda que os imputados tentaram "beneficiar financeiramente das receitas geradas" pelo craque

A morte de Diego Armando Maradona e tudo aquilo que aconteceu nos últimos dias de vida do antigo internacional argentino continuam sob investigação policial. Esta quinta-feira, os herdeiros legítimos de 'El Diez' publicaram um comunicado nas redes sociais informando que foi aberto um novo inquérito, onde estão presentes nove arguidos, pelas tentativas de apropriação de bens e de reduzir Diego Armando Maradona "ao status de servidão", assinalando os avanços que estão a ser feitos nestas investigações e agradecendo a contribuição das forças policiais.

No comunicado emitido hoje, os herdeiros de Diego Maradona revelam que no novo inquérito estão imputados Matías Edgardo Morla (advogado de Maradona), Víctor Stinfale (um polémico advogado), Christian Maximiliano Pomargo (assistente pessoal de Maradona e cunhado de Matías Morla), Vanesa Patricia Morla (irmã de Matías Morla), Maximiliano Trimarchi (motorista de Maradona), Sergio Garmendia (secretário de Maradona), Carlos Orlando Ibáñez (assistente pessoal de Maradona), Stefano Ceci (empresário italiano) e ainda Sandra Iampolsky (notária).

"A nossa intenção e dos nossos advogados foi descobrir o que aconteceu na vida do nosso pai nos últimos dias da sua vida, toda a verdade sobre o seu final. Além disso, saber a verdade das ações em torno do seu meio, quem o rodeou e isolou de todos nos últimos anos da sua vida (provavelmente abandonando-o no final à sua sorte), esvaziando o seu património e ficando milionários da noite para o dia. Assim também queremos que seja esclarecido, quem é cada um nesta história e que finalmente o mundo inteiro saiba, com certeza, quem são as pessoas que pretendem proteger o legado do nosso pai, a fim de não haver dúvidas sobre com quem ele tentou falar e em quem confiava", pode ler-se.

Nesse mesmo documento, são ainda detalhados os factos pelos quais os nove arguidos estão indicados, entre os quais de reduzir "Diego Armando Maradona ao status de servidão, restringindo o contacto com família, amigos e familiares, tanto pessoalmente como por telefone, fornecendo-lhe álcool, drogas e erva, e manipulando-o psicologicamente com diferentes engenhocas, com o propósito de mantê-lo sob o seu poder, para beneficiar financeiramente das receitas geradas em torno da sua figura".

Os herdeiros de Maradona apontam ainda para o facto de existirem "pessoas em alguns tribunais ou procuradores suscetíveis a interesses políticos e económicos", alertando os fãs do antigo internacional argentino para os futuros atos da juíza Ariel Lijo, responsável pelo Tribunal Federal Criminal e de Correção n.º4 da Comodoro Py.

Por Record
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