Arema, equipa de Sérgio Silva e Abel Camará, perdeu diante do Persebaya Surabaya e o caos instalou-se
O futebol indonésio está em choque pelos acontecimentos deste sábado, pouco depois do apito final no duelo entre Arema e Persebaya Surabaya, que resultou no triunfo da equipa visitante por 3-2. O número de mortos aumentou para 174, anunciaram já este domingo as autoridades locais, tornando o incidente numa das piores tragédias ocorridas num estádio."Às 09:30 [hora local, 03:30 em Lisboa] o número de mortos aumentou para 158, e às 10:30 para 174. Estes são os dados recolhidos pela East Java Disaster Management Agency", disse o vice-governador da província, Emil Dardak, na Kompas TV, segundo a agência francesa AFP. O balanço anterior inicial era de 129 mortos e 180 feridos.
No entanto, as autoridades baixaram depois o número para 125 devido a "um erro no registo" nos hospitais que tratavam as vítimas, disse a Polícia Nacional.
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A tragédia aconteceu num momento de fúria por parte dos fãs da equipa da casa, insatisfeitos pelo desaire sofrido no chamado East Java Derby, um duelo com grande rivalidade e tensão. Para conter a multidão, a polícia de choque utilizou gás pimenta, o que provocou momentos de pânico que levaram aos números de vítimas já revelados. Entre os mortos estão várias crianças, segundo a imprensa local.
Note-se que no Arema atuam o português Sérgio Silva (ex-Oliveirense e Feirense) e também Abel Camará, curiosamente autor dos dois golos da sua equipa.
Na sequência desta tragédia o campeonato local foi suspenso por uma semana.
As autoridades tinham alertado para a possibilidade de o número de vítimas mortais aumentar, dada a gravidade dos ferimentos de algumas das pessoas.
Trata-se de uma das piores tragédias de sempre num estádio de futebol, depois dos 318 mortos em confrontos entre adeptos do Peru e da Argentina no Estádio Nacional de Lima, em 1964.
Foi a primeira derrota do Arema em casa no dérbi regional com o Persebaya em 23 anos, segundo o jornal indonésio Kompas.
Milhares de adeptos claque do Arema, conhecida como "Aremania", reagiram atirando garrafas e outros objetos a jogadores e elementos das equipas.
Os adeptos descontentes invadiram o campo e envolveram-se em confrontos com as claques da equipa rival, provocando o caos no estádio.
A polícia reagiu e disparou gás lacrimogéneo, inclusive em direção às bancadas do estádio, causando o pânico entre a multidão.
Centenas de pessoas correram para uma porta de saída numa tentativa de escapar não só à violência, mas também ao gás lacrimogéneo.
Algumas morreram de asfixia, enquanto outras foram espezinhadas até à morte, disseram as autoridades locais.
Os tumultos espalharam-se para fora do estádio, onde dois agentes da polícia foram mortos e pelo menos cinco veículos da polícia foram incendiados.
Sobreviventes disseram que muitos espetadores em pânico foram apanhados pela multidão em fuga quando a polícia disparou gás lacrimogéneo, segundo a AFP.
Num discurso televisivo, o Presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou hoje "uma avaliação abrangente dos jogos de futebol e dos procedimentos de segurança".
A federação indonésia anunciou a suspensão do campeonato da primeira divisão por uma semana, e proibiu o Arema FC de jogar no seu estádio jogos até ao fim da temporada.
Notícia atualizada às 19h15.
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