Fernando Santos, de 68 anos, foi apresentado esta terça-feira como selecionador da Polónia, e garantiu que, junto da sua equipa técnica, "vai fazer de tudo para dar alegrias ao povo" desse país.
"A Polónia é um grande país, com uma história enorme, uma cultura enorme, semelhante ao nível da sua seleção nacional. É uma equipa com muitos jogadores de qualidade, é uma das equipas que foi ao Mundial. Para mim é algo gratificante poder continuar esta carreira de selecionador num país com tanta influência, com tanta qualidade. A partir de hoje sou polaco, sou um de vocês. Vamos fazer de tudo para dar alegrias ao povo polaco", referiu na conferência de imprensa.
"Vão habituar-se a ver-me por aí. Não queria deixar de agradecer a forma como ontem fomos recebidos, tanto eu como a minha equipa técnica. Quase nos sentimos em casa, e rapidamente começámos a trabalhar e a pensar no futuro. É preciso tempo. Deixo uma palavra de ambição, de muita confiança no que vamos fazer", continuou o antigo selecionador de Portugal.
Fernando Santos mostrou confiança no trabalho que vai desenvolver: "Contamos com o apoio do povo, da comunicação social, que também é essencial. Estou absolutamente convencido de que vamos dar muitas alegrias e vamos trabalhar muito para isso, todos em conjunto. A sorte não cai do céu, a sorte procura-se. Nós todos vamos conseguir coisas muito boas para a seleção polaca".
O treinador português foi também questionado sobre Cristiano Ronaldo e Paulo Sousa. "Mais importante do que os jogadores é a equipa, a equipa é mesmo isso, um conjunto de jogadores. Cada um terá a sua mentalidade, personalidade. Eu, como selecionador nacional, tenho de juntar todos. Foi isso que sempre fiz ao longo da minha carreira - que já é longa - e é isso que continuarei a fazer. Sou amigo do Paulo [Sousa], tenho uma relação com ele há muitos anos, estivemos juntos nas camadas jovens de Portugal. Somos pessoas distintas. Nunca analiso o trabalho dos meus colegas. Pensarmos que somos melhores ou piores só por termos estilos diferentes...", prosseguiu.
Fernando Santos explicou também a constituição da sua equipa técnica e confirmou que gostaria de contar com um adjunto polaco. "Na Grécia tinha um colaborador que era grego. Acho importante ter um colaborador polaco, nesta fase inicial é muito importante. Não trabalho com equipas técnicas muito grandes, é muita gente a trabalhar ao mesmo tempo e não é algo muito positivo, na minha opinião. Seguramente irá haver um elemento polaco na equipa técnica", disse.
A fechar, o técnico luso abordou ainda os jogadores em destaque na seleção polaca, preferindo, uma vez mais, não individualizar. "Tenho uma expressão que uso muitas vezes: "Estrelas só conheço no céu". E nunca vi lá nenhuma sozinha. A equipa tem de ser um conjunto de estrelas", assegurou.