Voronin deixa Dínamo Moscovo e visa Putin: «Detenham esse filho da p...»

Ex-internacional ucraniano era treinador-adjunto do emblema da capital russa

• Foto: Action Images

Seguem-se as demissões no futebol devido à invasão da Rússia ao território da Ucrânia. Depois de o treinador do Lokomotiv Moscovo, Markus Gisdol, ter abandonado o comando técnico da equipa moscovita, eis que há mais uma demissão no desporto-rei em solo russo. Trata-se de Andriy Voronin, treinador-adjunto do Dínamo Moscovo, que recentemente foi alvo de cânticos por parte dos Ultras do clube, quer ajudar o seu povo a defender o território ucraniano da invasão russa, deixando palavras duras a Vladimir Putin.

"Putin? Talvez só queira estar nos livros de história, mas nunca estará... quanto muito estará como um criminoso. Detenham esse filho da p*** e ajudem os refugiados. Enviem armas para que nos possamos defender. Estou muito orgulhoso do nosso país. Temos cidades lindas e grandes pessoas. Continuaremos a lutar e vamos ganhar, mas o preço será muito alto. Tantos mortos... Vivemos em 2022 e não na era da II Guerra Mundial. Tenho amigos em Járkov, em Kiev e em Odessa, a minha cidade natal. Recebo mensagens a cada cinco minutos. É algo difícil de suportar. Só quero ajudar com dinheiro ou com o que for possível. Não sei se deveria dizer isto, mas se estivesse na Ucrânia agora mesmo, provavelmente tinha uma arma na mão", disse, em declarações citadas pelo jornal espanhol 'AS'.

Sobre a sua decisão de demitir-se do Dínamo Moscovo, Andriy Voronin disse não ter capacidade para viver num país "cujo exército destrói cidades e dispara contra civis". "Não vejo nenhuma hipótese em continuar num país cujo exército destrói as nossas cidades e dispara contra civis. Deixei Moscovo antes que a cidade fique totalmente bloqueada. Não pudemos aterrar em Düsseldorf, então viajámos para Amesterdão. O meu pai, a minha sogra, a minha esposa e os filhos já estão lá", assumiu.

Andriy Voronin foi internacional pela Ucrânia entre 2002 e 2012, tendo realizados 75 jogos pela seleção do seu país. A nível de clubes, o ex-avançado, agora com 42 anos, jogou no Borussia Mönchengladbach, Mainz 05, Colónia, Bayer Leverkusen, Liverpool, Hertha de Berlim, Dínamo Moscovo e ainda Fortuna Düsseldorf.

Por Record
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