A Procuradoria de Frankfurt revelou esta segunda-feira que está a analisar as acusações de suborno em torno da atribuição da organização do Mundial'2006, que ficou precisamente a cargo da Alemanha.

Na sexta-feira, a revista "Der Spiegel" noticiou que o Comité de Candidatura dispunha de um fundo oculto com 6,7 milhões de euros - emprestados pelo CEO da Adidas à época, Robert Louis-Dreyfus -, no sentido de comprar votos junto da FIFA de forma a ganhar a corrida à organização da prova. Para já, trata-se de uma análise, que poderá no futuro levar à abertura de uma investigação formal, caso a Procuradoria entenda existir matéria para tal.

Entre os visados pela revista estão Franz Beckenbauer, glória do futebol germânico e responsável pelo Comité de de Organização da competição, e Wolfgang Niersbach, o atual presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), que na altura era "vice" deste organismo. Ambos já rejeitaram veementemente as acusações e a DFB, através da sua própria investigação, garantiu que não houve ilegalidades no processo. Ainda assim, a entidade que rege o futebol germânico está a investigar o alegado pagamento de 6,7 milhões por parte do Comité à FIFA por um programa cultural.

Este é mais um episódio na já longa novela sobre o escândalo de corrupção que se abateu sobre a FIFA em maio, que levou à demissão de Joseph Blatter, envolvimento de Michel Platini e detenção de alguns ex-dirigentes, devido às acusações de lavagem de dinheiro e fraude.