Abel Ferreira sem papas na língua: «Hoje merecíamos que nos chamassem de tudo. Eu se fosse adepto fazia isso»

Treinador português após ver o seu Palmeiras perder na receção ao Fluminense e entregar o título ao Botafogo

• Foto: Reuters

O Palmeiras levou a decisão do Brasileirão até à última jornada, mas, na derradeira ronda, o Botafogo fez jus ao maior favoritismo e acabou por conquistar o título, que escapava há 29 anos. A verdade é que o Verdão, orientado por Abel Ferreira, perdeu na receção ao Fluminense e também não fez a sua parte, empurrando mesmo o conjunto de Artur Jorge para o título. No final do encontro, o técnico da turma palmeirense começou para dar os parabéns ao compatriota, reconhecendo-lhe mérito e justiça, mas depois não poupou nas críticas aos seus jogadores.

"Hoje fomos uma sobra e merecemos todas as críticas. Hoje têm direito de nos rasgar de cima a abaixo. Faltou-nos alma e quando falta a alma... nem o ano passado estava tudo bem e hoje também não está tudo mau", afirmou, em conferência de imprensa, acrescentando: "Estou muito triste com o que os jogadores fizeram hoje. Tinha-lhes prometido uma coisa, mas não posso ir contra aquilo em que acredito. Estou muito triste, fomos uma sombra. (...) Hoje os adeptos foram generosos connosco. Merecíamos que nos chamassem de tudo. Eu se fosse adepto fazia isso. Não reconheço esta equipa. Senti que os meus jogadores não acreditaram."

Antes de demonstrar toda a frustração e desilusão, Abel Ferreira já havia felicitado Artur Jorge. "Primeiro, queria dar os parabéns a John Textor pela excelente época que fez. Para o meu conterrâneo Artur Jorge... parabéns pela magnífica época. (...) Não precisamos de falar mal do Palmeiras para enaltecer o que o Botafogo fez. Foi histórico aquilo que fizeram. Nunca investiram tanto em pouco tempo... em três anos foi o clube que mais investiu na história da América do Sul. O Ayrton Senna não deixou de ser uma referência para nós por ter ganho 3 títulos em 10 anos. Agora é muito fácil dizer que foi o Manuel, Joaquim, o João... nós lutamos sempre. Não falem é de fome ou vontade. Hoje, digo sinceramente, acho que os adeptos foram muito carinhosos connosco. Fomos uma sombra", disse o técnico português, que tem contrato com o Palmeiras até final de 2025.

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