Carlo Ancelotti concedeu, segunda-feira, a primeira entrevista no Brasil, logo após revelar a primeira convocatória ao comando da seleção canarinha, na qual falou sobre a sua conexão com o país e da relação que teve com os jogadores brasileiros que orientou. Revelou qual foi o melhor com que trabalhou, o mais dedicado e que só teve problemas com um.

"Os brasileiros têm um bom caráter, na minha opinião. O jogador brasileiro, em geral, tem um nível técnico maior do que os outros. Do aspeto pessoal, a maioria tem um caráter tranquilo e humilde. Treinei 34 e só tive problemas com um, mas não digo com quem. Ronaldo foi o melhor de todos a nível técnico e era a pessoa mais divertida do mundo. O mais profissional foi Cafu. Mais divertidos são muitos... Militão, Vinícius Jr. O Vini é muito humilde. Tenho muito boa relação com todos. Muitos ligaram-me para desejar sorte", contou o ex-treinador do Real Madrid à 'Globo'.

'Carletto' falou ainda de alguns momentos que ligam o seu passado com o Brasil e acredita que estava destinado a treinar a seleção do país. Recorda que a sua despedida dos relvados, como jogador, em 1992, foi num particular entre AC Milan e a seleção que agora orienta.

"Acredito muito no destino. A minha última partida como jogador foi contra o Brasil num jogo de homenagem a mim. Agora, voltamos a encontrar-nos. Uma lua de mel. Fui também adjunto da Itália no Mundial'1994 e perdemos com o Brasil. Foi uma experiência fantástica. Estou a cumprir um sonho ao treinar esta seleção. É o sonho de todos os treinadores".

O treinador transalpino apontou também as suas maiores referências do futebol brasileiro: "Desde cedo que conheci muitos jogadores, como o Falcão e o Toninho Cerezo. O que eu gosto dos brasileiros é a alegria. Depois, também gosto do enorme talento e da qualidade deles."