António Oliveira apresentado no Corinthians: «Esta oportunidade era irrecusável»

Técnico português estreia-se ao comando do Timão este domingo, frente à Portuguesa, no Paulistão

• Foto: Corinthians

Depois de ter sido confirmado como novo treinador do Corinthians na sexta-feira, António Oliveira foi este domingo apresentado no centro de treinos do clube paulista, pouco depois de dirigir o treino matinal. E o português que trocou o Cuiabá pelo Timão salientou que não poderia ter recusado a proposta que lhe foi apresentada.

"Se eu quisesse ficar na zona de conforto, tinha ficado onde estava. Há muita gente que já representou o clube e a forma como falam dele... ninguém ficaria indiferente! E quanto mais me falavam, mais tinha vontade de representar este grande clube. Sei do desafio que temos, mas também conheço a minha capacidade, a competência e profissionalismo dos que comigo trabalham. E, principalmente, confio muito nos jogadores", afirmou o técnico de 41 anos, revelando que vai telefonar a Vítor Pereira - antigo treinador do clube - para conversar sobre a "grandiosidade" do Corinthians.

"Não há bons nem maus momentos para representar o Corinthians. Esta oportunidade era irrecusável. O cavalo podia passar apenas uma vez. Tinha que aproveitar a oportunidade porque por alguma razão estou aqui, pelos resultados que temos alcançado. Mas a única coisa que prometemos é organização, profissionalismo, competência e, acima de tudo, resgatar o melhor da qualidade destes jogadores, que é muita. Sei que eles são os melhores para resgatar a grandiosidade deste enorme clube. Estamos falando de um colosso do futebol mundial e estou muito feliz por estar aqui", acrescentou.

Após ter orientado o plantel em dois treinos, António Oliveira vai estrear-se este domingo no banco do Corinthians, na receção à Portuguesa, na 7ª jornada do Campeonato Paulista, onde o clube perdeu os últimos cinco jogos realizados e no qual conta apenas 3 pontos. "Vamos resgatar o melhor dos jogadores porque não desaprenderam de jogar. Tenho confiança inabalável neles. Eles são os grandes artistas. Vamos voltar àqueles momentos mais gloriosos, mas nesta altura é preciso falar pouco e os resultados é que vão falar mais alto", frisou.

"Tentamos em contrarrelógio preparar-nos para a competição que teremos amanhã e para conquistar rapidamente vitórias, porque é isso que vai resgatar a confiança da qualidade que felizmente tenho à disposição. Sou mais um novo corintiano e pretendo consolidar-me dentro do bando de loucos", acrescentou.

António Oliveira chega ao Corinthians acompanhado pelos adjuntos Bernardo Franco, Bruno Lazaroni e Diego Favarin, além do analista de desempenho Felipe Zilio, que já trabalhavam com ele no Cuiabá. O contrato é válido até final de 2024, mas com a opção de prolongar o vínculo dependendo dos resultados.

Forte ligação aos jogadores

O técnico português falou ainda da passagem pelo Cuiabá e da forte ligação com os jogadores com quem trabalhou, falando particularmente de Deyverson. "Costumo dizer que um treinador de futebol é muito mais do que aquilo que percebe do treino e do jogo. É importante porque cria a identidade de uma equipa, dentro dos comportamentos que queremos na nossa forma de jogar, mas 80% é gestão humana. Somos gestores das emoções dos jogadores e vou criando vínculos fortes com eles, ainda mais com gente de grande caráter e que sabe distinguir o momento de brincar e o que é sério", lembrou.

"Além do Deyverson, não posso esquecer dos outros. Porque foram eles que me permitiram poder dar este grande passo na minha vida e na minha carreira. É uma emoção muito grande falar deles. Com Deyverson temos quase uma relação de pai e filho. Não tenho idade para ser pai dele, mas considero-me. Acho que fui importante na vida dele, como dos outros, e eles na minha também", acrescentou.

Quanto à forma de jogar que pretende implementar no Corinthians, António Oliveira diz que ainda é cedo para prometer algo definido. "Há três dias estava em outro clube. Em dois dias é trabalhar em contrarrelógio, principalmente em tentar dar uma cor à equipa, em termos organizacionais, dentro das duas fases, com e sem bola, para podermos conseguir competir com o adversário, e ser intensos. Mas, mais do que jogar bem, o que nós queremos é rapidamente, mas sem ansiedade, ganhar o jogo, porque é isso que nos move e tenho certeza que os jogadores estão comprometidos nessa tarefa", concluiu.

Por Record
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