Flamengo: Português Alfredo Almeida pede desculpa após frase polémica

Responsável pelas categorias jovens do Flamengo já explicou situação

Alfredo Almeida pede desculpa após frase polémica
Alfredo Almeida pede desculpa após frase polémica

O português Alfredo Almeida, novo diretor das categorias de formação do Flamengo, arrancou para a nova missão que tem ao serviço do colosso brasileiro com o pé esquerdo. Na apresentação oficial, o responsável abordou as prioridades da formação do clube e meteu os pés pelas mãos…

“Aquilo que o atleta brasileiro tem, provavelmente não há em mais nenhuma parte do mundo. Tem a ver com o dom, a magia, a irreverência, a bola fazer parte do corpo, a relação com a bola. Isso não existe em quase parte nenhuma do mundo. Depois, existem outras zonas do globo onde há outras valências. Como, por exemplo, a África tem valências físicas como quase nenhuma parte do mundo. Se quisermos ir para a parte mental, temos que ir a outras zonas da Europa”, destacou.

Em poucas horas o caso ganhou dimensão, com a imprensa brasileira a ouvir Marcelo Carvalho, do Observatório de Discriminação Racial no Futebol: “É algo que se reproduziu muito, mas não existe um estudo sobre as características específicas para jogadores europeus e africanos. Essa declaração reforça estereótipos que se tinham e ainda se têm sobre a população negra. A frase reproduz uma ideia de eugenia. Que ao europeu cabe a inteligência. E a força, aos africanos. Por mais existam jogadores cerebrais, lideranças negras no futebol, as pessoas no futebol continuam reproduzindo essas ideias racistas.”

O Flamengo foi lesto em emendar a mão, enviando uma nota às redações onde o português lamenta o sucedido: “Um trecho específico da minha declaração, isolado do contexto geral, acabou por gerar interpretações que em nada refletem o meu pensamento. Por isso, peço desculpas se a forma como me expressei causou qualquer desconforto. Não houve, em momento algum, a menor intenção de soar discriminatório.”

Alfredo Almeida chegou ao Brasil em janeiro de 2025 para ser braço direito do também português José Boto, diretor do futebol profissional, e trabalhava diretamente com a equipa técnica e as categorias de formação.

Contudo, com a recente demissão de Carlos Noval do comando das categorias jovens do Flamengo, o português assumiu esta pasta, o que motivou esta apresentação oficial.

Por João Seixas
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