Cristiana Brittes e Allana Brittes, mulher e filha do empresário brasileiro que confessou ter assassinado o futebolista Daniel Corrêa, foram ouvidas pela Polícia Civil de São José dos Pinhais, que investiga o crime macabro - Daniel foi encontrado morto numa mata com sinais de tortura, golpes do pescoço e sem os genitais - dando detalhes sobre o que aconteceu nessa noite.
Segundo escreve a 'Tribuna do Paraná', que teve acesso aos depoimentos das duas mulheres, ambas referem que a festa de aniversário de 18 anos decorreu de forma tranquila na noite de 26 de outubro numa discoteca, com cerca de 50 pessoas, e que já depois do fim da festa foram para casa, alegando que Daniel se fizera "convidado" para continuar a celebração na casa da família.
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Os dois depoimentos conferem ainda que Daniel foi apanhado em cima de Cristiana, numa tentativa de violação, e que tentaram impedir que Edison Brittes agredisse o futebolista.
O que diz a mãe:
Cristiana afirma que não conhecia Daniel, nem nunca havia trocado uma palavra com ele, apesar de admitir já o ter visto na festa de aniversário da filha no ano anterior.
"A mulher disse recordar-se ter comido um ovo e ido dormir depois de a sua filha a ter vestido com um shorts de pijama, mas sem retirar a roupa que vestia enquanto estava na casa noturna", refere a imprensa brasileira.
A mulher de Edison Brittes refere ainda que soube que seu marido teria saído para buscar bebida, já depois de ter recebido em casa Daniel, Lucas "Mineiro" e mais três amigas. Cristiana refere ainda que a filha e o marido iam constantemente até ao quarto onde dormia, para ver se estava bem, recordando que, em determinado momento, uma prima – que estava hospedada em sua casa – foi à casa de banho do seu quarto e viu Daniel entrar, tendo este alegadamente comentado: "eu sei que você tem namorado e ela é casada, só vou fazer xixi". Mas Daniel não teria saído do quarto.
Cristiana disse ainda que acordou com Daniel deitado sobre seu corpo e, assustada, começou a gritar, sendo que ele dizia "calma, é o Daniel". A mulher descreve que o futebolista estava apenas de cuecas e esfregava o seu corpo no dela.
Cristiana disse que, aos gritos, pediu por ajuda, e que o marido foi o primeiro a entrar no quarto, arrombando a porta. Cristiano descreve ainda que este então segurou Daniel pelo pescoço, tendo ela saído pela janela do quarto. Segundo a suspeita, outras pessoas entraram no quarto e que Edison começou a agredir Daniel ainda ali, reforçando que ela pedia para que os outros ajudassem Daniel e para que Edison parasse com as agressões.
Segundo o depoimento, Cristiana lembra-se de ter visto Daniel já no exterior da casa, caído no chão, sem conseguir dizer nada e que ela teria pedido a 'Lucas Mineiro' - o amigo com quem Daniel teria se deslocado à casa da aniversariante - para que ligasse para a polícia, mas que este apenas disse nada poder fazer. A mulher disse não saber afirmar quem colocou Daniel dentro do carro, nem se Edison tinha uma faca.
Cristiana afirma desconhecer o tempo que o marido e outros três homens demoraram desde que saíram de carro com Daniel até regressarem e que nenhum fez qualquer comentário.
Questionada sobre alegadas manchas de sangue no quarto, a mulher refere que este ficou sujo e que não sabe dizer "quem foi responsável por limpar tal sujeira e que nenhum outro local foi sujo por sangue".
Os detalhes contados pela filha:
A versão de Cristiana Brittes é confirmada quase na totalidade pela filha Allana, que refere ainda que foi o pai quem pediu que inventasse que "o rapaz estava na festa da sua casa, mas havia saído pelo portão e tomado rumo ignorado".
Allana contou ainda que em determinado momento o seu pai teria dito "ele não está mais aqui", entendendo que teria sido ele a matar Daniel.
Ambas negaram ter tentado combinar qualquer versão dos factos com testemunhas.
De acordo com o delegado da Polícia de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, responsável pela investigação do crime, Edison Brittes, a mulher e a filha do casal vão ser indiciados por homicídio qualificado e coação de testemunhas.
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