Treinador do Palmeiras deixou futuro em aberto numa entrevista ao programa 'Roda Viva'
A carreira do treinador do Verdão, ainda curta, poderá não ser muito longa. Abel tem reclamado - desde a chegada ao Palmeiras em 2020 - do calendário sobrecarregado e desgastante do futebol brasileiro. Além disso, ainda é alvo de críticas por parte da imprensa, pelo que não lhe deverão restar muitos anos na profissão, de modo a preservar a saúde mental.
"Daqui a quatro ou cinco anos vou retirar-me do futebol. O futebol é muito intenso. A minha mãe ligou-me e disse que a minha barba está muito branca. Penso que não irei treinar por muitos anos", admitiu em entrevista ao programa 'Roda Viva'.
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Vinte Guardiolas e um campeão
Luís Castro, Vítor Pereira e Paulo Sousa completam a colónia portuguesa de treinadores no Brasil. Ao falar sobre a qualidade dos técnicos do nosso país, Abel aproveitou para deixar uma ‘alfinetada’.
"Em Portugal temos muitos treinadores, mas só um é que ganha. Se vocês pudessem contratar 20 Guardiolas para aqui, só um é que seria campeão, quatro iam descer e os outros andavam a trocar de clube de três em três meses. É muito difícil implementar uma filosofia aqui porque os dirigentes fazem uma pressão absurda. O problema aqui são os dirigentes", atirou.
Melhor treinador... mas pior no resto
Duas Libertadores, uma Taça do Brasil e uma Recopa depois, Abel considera-se melhor treinador do que quando chegou em 2020. "Disse isso depois da conquista da primeira Libertadores. Sou melhor treinador, mas no resto sou pior em tudo. Com as experiências que vais tendo, com os treinadores que têm aqui, sejam eles brasileiros, argentinos ou portugueses, essa mistura ajuda-te. Sou muito melhor treinador do que era quando cheguei ao Palmeiras, sem dúvida alguma", considerou o técnico de 43 anos, acrescentando: "E sou melhor como treinador do que como jogador! Era um lateral com muita força, muita vontade, os jornalistas não falavam mal, mas diziam que era esforçado..."
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