Presidente do Fluminense 'ataca' Jesus: «Tem de haver um limite nas coisas que ele diz»

Mário Bittencourt fala em declarações "lamentáveis" do técnico português

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«Jesus chegou na semana passada... talvez não tenha estudado a história do Fluminense»

O presidente do Fluminense não gostou das recentes declarações de Jorge Jesus, nas quais o técnico português declarou que o Maracanã não pode ser utilizado por três equipas - dando a entender que só o Flamengo deveria ter esse direito -, e não teve problemas em mostrá-lo.

"[Vejo as declarações] Como lamentáveis. Primeiro porque ele chegou ao Brasil na semana passada e talvez não tenha estudado a história do Fluminense e a do Fla-Flu, a história da parceria dos dois clubes. Costumo dizer que, quando a equipa está a ganhar, todos acham engraçado o que se diz. Acho que se a equipa dele estivesse sempre a perder estaria mais preocupado em dizer outras coisas. Lamento e não é só pelas coisas que foram ditas em relação ao Fluminense. É em relação ao Vasco, Botafogo... Os clubes não se formaram sem a participação dos outros", atirou Mário Bittencourt, que seguiu num discurso crítico também para a forma como se olha para Jesus no Brasil.

"Lamento que um treinador estrangeiro... E aí vai um recado também para nós do mundo do futebol e para os adeptos. Agora virou 'modinha'. Se não é brasileiro ou se fala espanhol é melhor do que tudo o que está aqui. Tudo o que é de fora é genial ou melhor. Mas Portugal, e digo isso como neto de português, continua a ter muito que fazer para jogar mais futebol do que nós", atirou, sem papas na língua, o dirigente do Flu.

A finalizar, Bittencourt diz mesmo que tem de ser colocado um travão naquilo que JJ diz. "Gostava de entender por que motivo só o Flamengo pode jogar no Maracanã. Acho que devia ser-lhe dito que o Santos do Pelé foi campeão mundial no Maracanã. E foi campeão diante do Benfica. Tudo o que estou a dizer é em relação ao profissional e não à instituição. As pessoas passam e a instituição fica. Mas acho que está a passar os limites essa questão de menosprezar os outros clubes que ajudaram a formar o futebol brasileiro. E não é um treinador que vem de fora do Brasil que vai dizer como o Maracanã deve ser utilizado e sobre as regras do futebol brasileiro. Tem que haver um pouco de limite nas coisas que ele diz", concluiu.

Por Fábio Lima
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