Ronaldinho está retido no Paraguai há 100 dias, mais tempo do que passou no seu último clube

Antigo jogador brasileiro continua em prisão domiciliária

Foi a 4 de março, uma quarta-feira, que Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Roberto Assis, desembarcaram no aeroporto Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. Os dois utilizaram passaportes falsos para passar pela Imigração e acabaram por ser detidos por ordem do Ministério Público.

Após mais de três meses de investigações, que resultaram na detenção de 14 pessoas e revelaram um esquema de lavagem de dinheiro e produção de documentos falsos, nenhuma outra acusação foi formulada contra os irmãos Assis, além da que os levou a serem inicialmente detidos. Não foi encontrado qualquer indício de crime por parte dos brasileiros.

"A prisão é manifestamente arbitrária e ilegal. O Ministério Público não possui nenhum elemento de prova para mantê-los privados da liberdade. Nenhum! Temos a convicção de que em breve a verdade prevalecerá", afirmou esta quinta-feira o advogado de Ronaldinho e Assis, Sérgio Queiroz.

Neste momento, o recurso apresentado pela defesa de Ronaldinho, que pede a anulação da prisão preventiva, ainda não foi julgado. No Paraguai, a preventiva pode durar até seis meses. Ronaldinho está há mais tempo no país vizinho do que ficou no Fluminense, o seu último clube, onde esteve apenas 80 dias.

Ronaldinho e Assis passaram 32 noites presos na Agrupación Especializada, um quartel da Polícia Nacional do Paraguai transformado em complexo de segurança máxima, que alberga detidos que podem correr riscos, como políticos e ex-polícias.

No dia 7 de abril a Justiça concordou com o pedido de prisão domiciliar, apresentado pela defesa, e Ronaldinho e Assis foram transferidos para um hotel no centro de Assunção. Hoje, os dois, e o advogado Sergio Queiroz, que está no Paraguai desde 7 de março, são os únicos três hóspedes do hotel, que também está fechado por causa da pandemia do coronavírus.

Por Miguel Custódio
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