Flávio Donizete chegou ao sonho e viveu um pesadelo
Em 2005 Flávio Donizete viveu o sonho de ser campeão do mundo pelo São Paulo, numa história em que o defesa brasileiro nem era para viajar para o Japão com a equipa orientada por Paulo Autuori, mas cinco anos depois chegou o pesadelo chamado cocaína.
"Depois que conheci a cocaína, perdi demais. Porque até então eu usava moderadamente. Até que a cocaína ficou mais forte na minha vida, comecei a perder tudo o que eu tinha. O dinheiro guardado usei para comprar droga. Não ficava sem droga por nada. Manhã, tarde e noite tinha que usar cocaína. O dinheiro que tinha na conta, as coisas que tinha, comecei a perder. Perdi tudo, tudo. Só não perdi a minha esposa, as minhas filhas e a minha família, que está comigo até hoje", conta o antigo futebolista numa entrevista ao 'Globoesporte'.
"E assim foram 13 anos de vício de cocaína. Essa doença é lenta, progressiva, incurável e fatal. Eu cheguei quase a morrer", diz.
Atualmente com 36 anos, Donizete afirma estar 'limpo' há mais de ano e meio. Mas voltemos ao mundial de 2005 e a uma medalha que anos depois foi vendida por causa da droga.
"Na verdade eu era para ir para o Mundial. Não estava inscrito. Fizemos um último treino e eu iria ser emprestado. Mas, no último dia, o Alex Bruno lesionou-se no tornozelo. Eu já estava na portaria do Centro de Treinos quando me pediram para voltar: 'o Autuori quer falar com você'. Para mim, ele ia dizer que eu ia ser emprestado mas ele disse: 'Flávio, pega uma mala, você vai viajar com a gente. Você não vai ser inscrito, mas vai viajar com a gente", recorda o antigo futebolista.
"Fiquei muito feliz, peguei na mala, fui para casa e no dia seguinte fui viajar. Fui de classe executiva! Era um avião de dois andares. E eu fui. Cheguei lá sem estar inscrito, comecei a treinar com o pessoal no Japão e o Alex Bruno recuperou. Mas para mim só por estar ali já era bom. E na véspera da nossa estreia o Leandro Bonfim abriu a virilha e como só tinha um a mais, que era eu, fui inscrito. O Leandro Bonfim ficou a assistir ao jogo na bancada, e eu fiquei no lugar dele no banco", conta.
Mas já depois de em 2010 ter conhecido a 'maldita cocaína', Flavio Donizete vendeu a sua medalha de campeão mundial pelo São Paulo.
"Vendi para poder usar droga. Vendi por 7 mil reais", assume.
"Eu usava a droga e ficava em casa. Aí eu arrumava a casa, desarrumava a casa... Em um dia, arrumava e desarrumava a casa umas 20 vezes. Tudo por causa da droga. Usava igual louco. Aí quando vendi (a medalha), chegou o dinheiro e torrei quase tudo em cocaína. A primeira pancada foi mil reais de cocaína. Usei em dois dias. Quanto mais dinheiro tinha, mais droga queria", relata Flávio que, entretanto, recuperou a medalha por causa de um programa da TV Record.
"O meu maior arrependimento foi ter experimentado cocaína. Ela acabou comigo."
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