Após a derrota com o Benfica por 3-0 para a Liga dos Campeões, o Barcelona irá defrontar este fim-de-semana um dos adversários mais complicados da La Liga, o Atlético Madrid. A tensão no clube blaugrana é clara e o lugar do técnico Ronald Koeman está longe de estar assegurado. Esta sexta-feira o treinador holandês apresentou-se diante dos jornalistas para fazer a antevisão da partida e, apesar de ter tentado cingir as questões ao embate com os colchoneros, houve espaço para várias perguntas sobre o momento atual do clube catalão e posição do técnico.
Características do Atlético Madrid: "Eles foram campeões o ano passado. Mereceram com o seu jogo. São competitivos. É difícil encontrar espaços e defendem muito bem na sua área. É uma grande equipa. Temos que tentar estar bem no último passe para criar oportunidades. Vai-nos custar. Certamente que não vamos ter mais ocasiões do que as que tivemos diante do Benfica, mas se tivermos três ou quatro, há que marcar para ganhar".
Como dar a volta ao mau momento? "Temos que mudar coisas, podemos recuperar jogadores da frente e há que seguir este plano. Isso não depende dos resultados. É algo normal".
Está em jogo o seu cargo na partida com o Atlético? "O clube não me disse nada. Soube que o presidente esteve aqui esta manhã mas não o vi. Estivemos a treinar mas continuo igual. Tenho ouvidos e olhos e já sei que se passam muitas coisas. Certamente é verdade mas a mim, uma vez mais, ninguém me disse nada"
Será a última partida pelo Barcelona? "É uma pergunta para amanhã. Não sou o mais importante, a equipa é que é. Estou aqui por amor ao clube, vim numa situação muito complicada e parece mais complicada agora do que no primeiro dia. Todo a gente tem a sua opinião mas a mim só me interessam os jogadores e preparar a partida"
Carências do plantel: "O trabalho do treinador é fazer o que tem a fazer com os jogadores que tem. Se tivesse a bolsa do dinheiro teria o Messi aqui e teria outros jogadores para dominar e pressionar. Se recuperarmos atacantes podemos ter um plantel forte e os jovens pedem terreno e merecem ter oportunidades".
Estado do treinador? "Sinceramente podia estar melhor".
Dificuldades para competir com equipas mais difíceis: "Falta equilíbrio. Temos poucos atacantes disponíveis. Sim, Ansu Fati está a caminho de voltar mas ainda vai demorar um pouco mais de tempo, é normal depois de tanto tempo fora. Faltam-nos jogadores de um contra um e de velocidade. Assim é que se geram espaços e, já disse no outro dia que nos falta efetividade. O Atlético cria menos ocasiões que nós mas é capaz de ter um remate à baliza que é golo. No outro dia, no jogo da Champions [com o Benfica], tínhamos de ter aproveitado no mínimo uma ou duas das quatro ocasiões que tivemos. É a grande diferença e custa".
Por Record