Dos gestos "que não lhe ficam bem" à perda "dos galões": João Félix volta à mira da imprensa espanhola

Desempenho do português no jogo da Taça do Rei, com o Barbastro, dá que falar no país vizinho

As atuações de João Félix continuam a ser escrutinadas em Espanha e a última, com o modesto Barbastro, para a Taça do Rei (3-2), não foi exceção. A imprensa diz que o jogador "não esconde a frustração", falando em "gestos ostensivos" para com os companheiros e "teatralização".

"Indiscutível desde que chegou, o português parece ter perdido os favores de Xavi, que agora aposta na meritocracia na hora de fazer o onze. E o João Félix já há alguns jogos demonstrava não merecer a condição de intocável que ostentou desde a sua chegada. Toda a vida o acusaram de falta de continuidade no seu jogo e parece que no Barcelona não será exceção", escreve o 'As', lembrando que o português integrou a equipa inicial na partida de ontem, mas tinha começado no banco na anterior.

O português marcou um golo, que foi anulado, mas o 'As' escreve que "não parece que Xavi levante o 'castigo' ao português, que deverá ser suplente nas meia-finais da Supertaça de Espanha quinta-feira, diante do Osasuna."

Na 'Marca', o jornalista Roberto Palomar não gostou da linguagem corporal do português. "São gestos ostensivos, que faz muitas vezes. Não têm uma certa discrição, para que apenas o companheiro os perceba. É uma teatralização que não lhe fica bem."

"Nas imagens podemos ver o João Félix mais desesperado do que nunca esta temporada. O português tentou, mas as coisas não lhe saíram bem e até 'ofereceu' o canto que deu o primeiro golo da equipa da casa", escreve, por sua vez, o 'Mundo Deportivo'. "O jogador não disfarçou o seu mal-estar com alguns passes que não lhe chegaram às botas, apesar de estar bem desmarcado, bem como uma discussão com Ferran sobre a marcação de uma falta." 

Já o 'Sport' não tem dúvidas que Félix "perdeu os galões". "A linguagem corporal denuncia-o. O português parece frustrado com a sua natureza irregular, consciente que está diante da oportunidade da carreira. O João foi o primeiro a assinalar as circunstâncias - o estilo de Simeone - para justificar o seu rendimento no Atlético Madrid. Uma narrativa que agora joga contra si: se continua pouco consistente no Barça, o debate vira-se contra ele."

E prossegue: "O João não consegue desprender-se da uma etiqueta incómoda: talento geracional com problemas de mentalidade. No Barça está a mostrar uma boa atitude no trabalho defensivo, mas está longe dos desempenhos de Ferran ou Raphinha, muito mais constantes na pressão."

Por Isabel Dantas
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