Empresa do central intermediou mudança da prova para a Arábia Saudita
Poucas horas depois do jornal 'El Confidencial' revelar os áudios entre Gerard Piqué e o presidente da federação, Luis Rubiales, sobre as negociações que conduziram à realização da Supertaça espanhola na Arábia Saudita, o jogador do Barcelona, dono da empresa Kosmos, deu uma conferência de imprensa através do canal Twitch e explicou o seu envolvimento na intermediação do negócio.
"Sinto-me orgulhoso por este acordo porque foi importante para futebol espanhol. Foi totalmente legal e do meu ponto de vista não há conflito de interesses", explicou o central da formação catalã, cuja empresa terá embolsado 24 milhões de euros pela intermediação.
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"Não vou tomar decisões dependendo do que as pessoas possam pensar. Não tenho nada a esconder. Por isso estou aqui e se for preciso estarei até às três da manhã", acrescentou.
Depois Piqué explicou os contornos do negócio: "Temos muito boas ligações ao Médio Oriente e às pessoas da Arábia Saudita. Neste contexto, optámos por falar com o sr Rubiales para ver se estavam interessados em levar a Supertaça para fora de Espanha. Propusemos, a partir da Kosmos, mudar também o formato da prova. Tem sido um êxito e as pessoas aderiram. Recordo a Supertaça em Tanger, que foi muito diferente do que é agora. Falámos também com a Sony para levar a prova para Miami. Eles falaram-nos de outras opções. Depois de analisar tudo e de falar com todos, decidiram-se pela Arábia Saudita."
Piqué diz que a sua empresa não fez nada de ilegal. "Aqui a única coisa ilegal foi terem publicado áudios privados na imprensa e não é preciso ser muito esperto para perceber quem está por detrás. É uma notícia que saiu em 2019, vão ver à hemeroteca. E na altura não foi notícia. Agora, em 2022, saem estes áudios e já é notícia."
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