A influência de Jorge Mendes no Valencia parece estar a perder força, nota o 'Super Deporte' esta terça-feira. O superagente tem estado afastado das principais decisões no clube espanhol controlado pelo amigo e parceiro de negócios de longa data, Peter Lim.

Jorge Mendes continua a ter vários jogadores da carteira da Gestifute no plantel che - Garay, Mangala, João Cancelo, Santi Mina, Bakkali e Rafa Mir -, além de ter uma influência determinante no futuro do central Aderllán Santos.

A pouca influência que Mendes parece ter esta temporada tenderá a diminuir a partir da próxima época, porque apenas Garay - com contrato válido até 2020 - deverá continuar na equipa às ordens de Voro. Todos os outros jogadores estão no mercado, ora porque o Valencia os quer vender, ora porque os próprios jogadores querem sair. João Cancelo deverá ser o primeiro a sair, com o Barcelona à cabeça dos pretendentes. A única exceção será Mangala que, por estar emprestado, tem uma séria de cláusulas no contrato que tornam a sua contratação muito complicada. 

Foram precisamente as transferências de Garay e Mangala para o Valencia, no verão passado, as últimas operações em que Jorge Mendes esteve envolvido. Antes disso já tinha levado André Gomes (como representante do jogador) e Paco Alcácer (como acionista do Valencia) para o Barcelona. Depois disto, participou nas contratações de inverno (Zaza e Orellana), nem na escolha de Prandelli, o seu despedimento e a sua substituição por Voro. Para além disso, também não se concretizaram os negócios vindos da China, precisamente dos seus contactos naquele país oriental, apesar de se tratarem de jogadores fora da sua carteira.

De acordo com as informações recolhidas pelo 'Super Deporte', Jorge Mendes também não teve qualquer influência na escolha dos diretores desportivos e gerais do clube. A decisão sobre o novo treinador e as contratações do próximo verão podem ser a prova dos nove no Valencia, apesar de superagente estar mais ausente do que nunca desde a chegada de Peter Lim ao emblema che.