Victor Sánchez convocou os jornalistas para explicar que decidiu "não aceder à chantagem" e que é "uma vítima"
Victor Sánchez, o treinador que foi despedido pelo Málaga depois de ter admitido que estava a ser chantageado por causa de um vídeo de cariz sexual, compareceu diante da imprensa esta quarta-feira para dar explicações e ao mesmo tempo lamentar a atitude do clube. O técnico - que se fez acompanhar pelo advogado - avisou que não podia revelar nada sobre a investigação que a polícia está a levar a cabo, mas acabou por tecer algumas considerações sobre o caso.
O treinador agradeceu todo o apoio que tem vindo a receber, elogiou a restante equipa técnica com quem trabalhou, bem como os jogadores do Málaga. "Tenho de agradecer à Polícia Nacional, o seu trabalho e ajuda, estão a ser impressionates. Nem sabem como pode ser reconfortante saber que quando se sofre um delito deste género podemos contra com ajuda. Quero apenas reiterar que sofri um delito por violação do meu direito à intimidade com assédio e extorsão através da captação de imagens sem o meu consentimento."
Depois, deixou uma reflexão. "É um assunto da máxima gravidade, não pode ser tratado de forma banal. Os principais alvos destes indivíduos são mulheres e menores. A polícia disse-me que por vezes chega a haver suicídios por causa disto. Decidi não aceder à chantagem porque estaria a potenciar este tipo de bandos mafiosos que estão por trás destas ações. Sou uma vítima e sei como se sentem as vítimas destes delitos."
Sem entrar em muitos detalhes, Victor Sánchez explicou em que pé está a investigação. "Quero explicar que há duas partes neste delito. Uma são estes bandos mafiosos e outra são as pessoas que fazem a distribuição, que encontram colaboradores voluntários ou involuntários na difusão. Não sei se são 900 os perfis que estão a ser investigados, pessoas que supostamente divulgaram aquele vídeo sem o meu consentimento. Em que estão a converter-se as redes sociais? O desconhecimento da lei não nos iliba da responsabilidade pelos nossos atos. Temos de refletir. Em que estamos a transformar a nossa sociedade? São 900 pessoas mas podem ser muitas mais as que de forma voluntária ou involuntária estão a ser cúmplices."
Victor Sánchez exige medidas. "As autoridades ou os políticos têm de tomar medidas, as redes sociais não podem ser um espaço de delinquência. O que disse aos meus filhos foi que fiquei feliz por isto me ter acontecido a mim e não a eles. Que sirva de aprendizagem."
Saída do Málaga
O treinador começou por ser suspenso do Málaga quando se soube do sucedido, mas depois acabou por ser despedido. "O nosso despedimento é absolutamente injusto. Quarta-feira à tarde o diretor geral manda-me uma mensagem pelo WhatsApp em que me afasta da equipa para que se possa investigar o sucedido. Dizem-me que não posso frequentar as instalações do clube, comunicam-me isto como seu eu fosse um qualquer empregado. Nem me pergunta pela minha família."
E prossegue: "Disseram-me para me apresentar dia 13. Parto do princípio que não me querem na equipa e proponho-lhes uma solução: pagam-me o salário até ao último dia em que trabalhei e vou-me embora. Nem vou qualificar a resposta do clube..."
"Fazem-me uma proposta económica onde me convidam a renunciar a parte do salário trabalhado. Parece-me indigno. E dizem-me que querem controlar a minha comunicação pública sobre o assunto. Não podem controlar a minha liberdade de expressão! Quando recebo esta proposta, para mim inaceitável, comuniquei ao clube que queria ser readmitido no meu posto de trabalho porque não tinha feito nada para ser suspenso. A resposta do clube foi a carta de despedimento", conta o treinador.
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