«Não treinava há meses e fumava»: Futre e o regresso "surreal" ao Atlético Madrid

Antigo internacional português revela como voltou ao ativo 3 meses após se aposentar

• Foto: Getty Images

Paulo Futre teve uma carreira recheada de peripécias e muitas histórias para contar. Uma delas aconteceu em 1997 quando o antigo craque português voltou ao ativo com a camisola do Atlético Madrid - que tinha representado entre 1987 e 1992 -, apenas três meses após ter abandonado os relvados.

"Foi uma situação surreal. Aposentei-me em dezembro de 1996 e comecei a trabalhar como embaixador do clube entre janeiro e fevereiro do ano seguinte. Às quintas-feiras havia treino-conjunto no Calderón e houve um dia que eu estava no banco a assistir quando vem o treinador Radomir Antic e diz-me que eu tinha de o ajudar e equipar-me porque lhe faltava um jogador na equipa de reservas. Fiquei perplexo, porque não treinava há meses e ainda por cima fumava. Eu disse-lhes que nem me ia mexer mas em 20 minutos marquei um ou dois gols, também dei algumas assistências e a malta começou a bater-me palmas", conta Futre em entrevista ao 'As'. Mas o melhor ainda estava para vir.

"Já no balneário o Antic disse-me que tinha de voltar a jogar e eu lhe perguntei-lhe se ele tinha enlouquecido, porque no dia seguinte eu nem ia conseguir mexer-me com dores no joelho. Tinha 31 anos... Quando saí do banho o delegado Carlos Peña veio com o telemóvel e era o presidente a dizer que eu tinha de voltar a jogar. Então comecei a treinar, o joelho direito, que me tinha dado tantos problemas, respondeu bem e na pré-época entrei para a equipa principal", revelou. 

Apesar de voltar aos relvados, Futre continuou a trabalhar como embaixador. "A verdade é que estive envolvido nas negociações das contratações do Juninho e do Vieri. E a apresentação da equipa foi incrível, com todos os adeptos a gritar por mim. Foi um dos dias mais emocionantes da minha vida e o culminar de uma história muito bonita e surreal ao mesmo tempo", concluiu o craque português, que nessa época fez 10 jogos pelos colchoneros antes de rumar ao Japão e aí, sim, pendurou definitivamente as chuteiras. 

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