Sandro Rosell confirmou de viva voz, ao princípio da noite desta quinta-feira, a sua demissão do cargo de presidente do Barcelona. “Apresentei a minha demissão à Junta Diretiva, com efeitos imediatos e irregováveis. De acordo com os estatutos, o novo presidente é Josep Maria Bartomeu até final do presente mandato, em 2016. O meu tempo aqui terminou”, disse Rosell numa declaração aos jornalistas no Camp Nou.

Sandro Rosell fez um breve historial da sua presidência, enumerando os muitos triunfos conseguidos pela equipa de futebol e das diferentes modalidades, mas lamentou que o clube tenha “enfrentado inimigos extermos e internos”.

Ao justificar a demissão, Rosell falou de motivos particulares. “Temos sido alvo de ataques e ameaças pessoais que não podemos admitir. Por isso a minha demissão”. O presidente demissionário admitiu que “os sócios têm todo o direito a saber a verdade”, mas avançou que “a confidencialidade é fundamental na gestão do futebol moderno”, numa referência ao caso dos alegados contratos paralelos na contratação de Neymar, que levaram à sua demissão.

"A acusação de apropriação indevida é injusta e temerária", acrescentou Rosell, antes de atirar: "A contratação de Neymar provocou o desespero e a inveja de alguns dos nossos adversários".

Josep Maria Bartomeu, até aqui vice-presidente desportivo do clube, assume agora o cargo de presidente e, sentado ao lado de Rosell , anunciou de imediato que “este projeto, que foi referendado maioritariamente pelos sócios do Barcelona em 2010, irá até ao fim”.

Bartomeu anunciou para sexta-feira à tarde uma conferência de imprensa onde responderá às perguntas dos jornalistas, mas antecipou, por exemplo, que o projeto de renovação do Camp Nou, estimado em 400 milhões de euros, irá por diante.