Árbitros respondem a novo ataque de Florentino Pérez: «Não aceitamos acusações de corrupção»

Florentino Pérez discursa ao microfone
• Foto: Real Madrid

Há um novo episódio na longa guerra entre Florentino Pérez e os árbitros espanhóis. O presidente do Real Madrid, durante o jantar de Natal, voltou à carga com acusações de corrupção e de a equipa ser premeditadamente prejudicada pelos árbitros - lembrando, mais uma vez, o 'Caso Negreira'. Na resposta, a Associação Espanhola de Árbitros de Futebol (ASAF) lançou um comunicado muito duro na direção de Florentino, refutando todas as acusações.

No discurso, durante as comemorações natalícias dos merengues, o histórico líder do clube tornou a recordar os incidentes prévios à véspera da final da Taça do Rei, na qual a equipa de arbitragem ameaçou recusar apitar, acusando os madrilenos de constantes pressões. O VAR dessa final foi González Fuertes, que voltou a ajuizar, no mesmo papel, o Real Madrid no último jogo, frente ao Alavés. Agora, Florentino acusa o juiz de ter tentado prejudicar o Real Madrid - embora tenham vencido por 2-1.

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"Ontem tivemos no VAR um árbitro que ameaçou de tomar medidas contra o nosso clube nas vésperas da final da Taça do Rei. E parece que as entradas sofridas pelo Vinicius e pelo Rodrygo não são pénalti. São a novidade da temporada...", atira e acrescenta com um pedido de justiça em relação ao 'Caso Negreira': "É o caso mais grave da história do futebol até hoje. Sabemos que mais de 8 milhões foram pagos por relatórios técnicos de árbitros e estes nunca foram recebidos pelos treinadores. (...) É possível que algum clube tenha sido descido como vítima do caso Negreira. O futebol foi prejudicado e justiça deve ser feita. Não se esqueçam que o juiz de instrução do caso descreveu-o como corrupção sistémica e o Barcelona reconheceu que estes pagamentos foram feitos porque eram convenientes. Porquê? Para quê? O Real Madrid continuará a insistir para o saber".

Na resposta, a ASAF recusa todas as acusações e nega qualquer tipo de conluio a favor de qualquer clube, lembrando que nenhum árbitro foi acusado de receber subornos.

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"A Associação Espanhola de Árbitros de Futebol (AESAF) rejeita por completo as recentes declarações do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, pelo grave prejuízo que este tipo de manifestações representam para a reputação dos árbitros e do futebol espanhol. O coletivo arbitral espanhol atua com independência, rigor e profissionalismo, e não faz parte de nenhuma trama nem conivência com interesses de clubes ou dirigentes. No chamado 'Caso Negreira', nenhum árbitro foi investigado ou acusado durante todo o tempo de instrução. Não podemos considerar válida a acusação de corrupção sobre a figura dos árbitros. As acusações generalizadas contra os árbitros prejudicam injustamente a reputação de profissionais que exercem a sua função sob máxima pressão e constante escrutínio público e a transparência da própria competição" lê-se no comunicado.

O organismo sai ainda em defesa de González Fuertes: "Entendemos que a arbitragem não pode ser utilizada como desculpa para justificar resultados desportivos. O futebol ganha-se e perde-se em campo. A AESAF manifesta o seu apoio ao colega Pablo González Fuertes e a todos os árbitros e árbitras de Espanha, cujo trabalho profissional e pessoal merece respeito institucional e social. Rejeitamos qualquer tentativa de personalizar ataques ou deslegitimar publicamente árbitros sem fundamento. Queremos manifestar que a acusação de ameaças na conferência de imprensa da final da Taça do Rei da temporada 2024-25 não corresponde à realidade e é, no mínimo, uma falsidade."

Por André Teixeira
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