Antigo avançado francês lembra época difícil no Santiago Bernabéu em 1999/00
Poucos dias antes do encontro que vai coloca frente a frente o PSG e o Real Madrid na Liga dos Campeões, Nicolas Anelka, antigo avançado francês de 42 anos que jogou nos dois clubes, recorda a sua passagem pela capital espanhola em 1999/00 sem saudade.
"Foi uma loucura quando cheguei a Madrid", recordou Anelka, na Radio RMC Sport. "Em Inglaterra estava habituado a uma ter uma vida privada tranquila, mas em Espanha é completamente diferente. Foi difícil. Em Inglaterra quando estás no campo tens os adeptos a apoiar-te mas quando sais és uma pessoa como as outras. Em Espanha isso acabou, os fotógrafos estão em todo o lado. O dono do restaurante onde vais encarrega-se de chamar a imprensa... És o foco o tempo tempo e é difícil lidar com isso."
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E em no Santiago Bernabéu as coisas não estavam melhores. "O balneário era muito difícil. No primeiro dia não tinha um lugar para mim, cada um que chegava dizia 'esse lugar é meu', tive de esperar que me deixassem um. Aí perguntei-me 'o que faço aqui?' O Samuel Eto'o veio ter comigo e disse-me que os mais velhos tinham ido ver o presidente e perguntaram-lhe por que motivo me contratara, quando tinha o Fernando Morientes na equipa. Quando ele me disse isto, percebi que as coisas iam ser muito complicadas. E acabou por ser um inferno. Nessa altura era muito complicado, com muitos espanhóis, mas tinha chegado a um grande clube e tinha de mostrar o meu valor em campo."
Mas não foi fácil. "Competia com o Morientes e com o Raúl na minha posição e as coisas não me saíam bem. Com os espanhóis é complicado. Não vou dizer que o Raúl foi o problema, tenho muito respeito por tudo o que ele fez. Quando lá cheguei não falava espanhol e não consegui integrar-me. E o que o Samuel me disse deixou-me na defensiva. Não conseguia fazer a diferença no campo, o jogo é completamente diferente do Arsenal. Estava acostumado a jogar em contra-ataque, pensei que iam usar as minhas qualidades... Queriam um avançado. Trabalhei nos meus defeitos, mas não mostrei as minhas qualidades."
A relação com o treinador, Vicente Del Bosque, também não era melhor e ao fim de uma época Anelka deixou o Real Madrid. "Joguei quase toda a época pela direita, quando sou um avançado centro. Quando o Raúl e eu estávamos em campo jogávamos bem, o difícil era jogar com o Morientes numa formação de três homens. A vitória na final da Liga dos Campeões foi importante, senti que tinha feito algo importante no clube. Os meus dois golos contra o Bayern significam que, em parte, graças a mim, ganhámos a Champions. Mas sentia que tinham acontecido coisas durante a temporada que era quase impossível ficar. Não podia ficar duas épocas assim. Foi o único clube em que não me dei bem com os jogadores."
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