Aquela máquina

A terceira temporada no Santiago Bernabéu foi a mais bem-sucedida...

Aquela máquina
Aquela máquina • Foto: GETTY IMAGES

Se algo mudou significativamente na transição de Ronaldo do Manchester United para o Real Madrid foi a sua relação com o golo. Em Old Trafford, Alex Ferguson acentuou-lhe a vocação de extremo explosivo com um apurado sentido de baliza, mas sem os índices de concretização atingidos nos merengues.

Na primeira época, com Manuel Pellegrini e ainda na pele de CR9, dada a presença do histórico 7, Raul, no Real Madrid, já atingiu números que impressionaram, mas foi com a chegada de Mourinho ao Santiago Bernabéu que verdadeiramente se tornou numa máquina a atirar à baliza.

Logo na primeira temporada com Mourinho, Ronaldo marcou 41 golos em La Liga, tendo sido o melhor marcador e o Bota de Ouro europeu. E, com 54 golos em jogos oficiais, conseguiu ultrapassar o recorde de melhor concretizador do Real Madrid numa só época, que era de Puskas (49). Foi dele o golo que valeu a Taça do Rei, frente ao Barça.

Passaram mais de quatro anos sobre a sua chegadada ao Bernabéu e, feitas as contas, vê-se que à terceira temporada, em tempo de conquista da Liga ao super Barcelona, de Guardiola, atingiu o zénite, com 0,99 golos de média por jogo, incluindo particulares e compromissos da Seleção. Mas tal não chegou para convencer os decisores da Bola de Ouro FIFA, que premiaram Messi de novo. No Euro’2012, esteve entre os seis melhores marcadores, com 3 golos.

Em 2012/13, o CR7 e o Real Madrid começaram com a vitória na Supertaça espanhola, mas não houve mais títulos coletivos numa época marcada por um clima hostil, que incluiu um diferendo com o presidente do clube, por não se sentir reconhecido, e culminou na rutura com o próprio José Mourinho. Embora a média de golos tenha descido (0,90), Ronaldo tem uma estatística invejável para apresentar, com um tento por jogo em partidas oficiais pelos merengues (Liga, Taça do Rei e Liga dos Campeões). Na prova europeia, o jogador que Florentino Pérez declarou intransferível - e com a renovação agora acertada perspetiva-se mesmo um final de carreira no Bernabéu -, foi o melhor concretizador. É caso para perguntar: que mais se irá seguir?

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