Mourinho é o Jesus que Ancelotti nunca quis seguir

Já em 2009, o italiano afirmou não ser do apanágio dos métodos do Special One. Ainda assim, houve alguns momentos de respeito mútuo...

Mourinho é o Jesus que Ancelotti nunca quis seguir
Mourinho é o Jesus que Ancelotti nunca quis seguir • Foto: REUTERS

Fricção entre José Mourinho e Carlo Ancelotti não é novidade. O ataque do Special One à temporada do Real Madrid e a resposta de Carletto são apenas o último exemplo de uma rivalidade que se tem construído ao longo dos anos. O italiano até já fez uma alusão bíblica para mostrar que não segue a filosofia do companheiro de profissão: “Se Mourinho for Jesus, então eu não sou apóstolo”.

A afirmação foi feita em outubro de 2009, quando Ancelotti treinava o Chelsea que Mourinho havia deixado, tal como agora sucede mas com o Real Madrid. A resposta até chegou num ambiente descontraído, no "Chiambretti Night", um programa da televisão italiana onde os convidados se deparam com uma mescla de perguntas incomuns e... danças sensuais.

Nesse mesmo ano de 2009, mas em julho, Ancelotti foi questionado sobre a influência de Mou no Chelsea e em como é que planeava suceder ao técnico português: "Não conheço um Special One, nem me agradam os confrontos com outros técnicos. Respeito todos os meus colegas, mas tenho métodos de trabalho próprios", atirou o italiano, com uma indireta direcionada para Mourinho.

Ainda no Chelsea, Ancelotti teve de responder a mais críticas de Mourinho, desta feita com o português a afirmar que o Chelsea era "praticamente igual" àquele que tinha treinado entre 2004 e 2007. O contra-ataque do italiano não se fez esperar.

"O Chelsea é o clube de Roman Abramovich, não é dele [de Mourinho] nem meu. Mourinho teve a honra de treinar o Chelsea, tal como eu tenho neste momento. Mas apenas isso", assinalou o técnico italiano, em mais um dos episódios em que andou de costas semi-voltadas com Mourinho, um técnico que Ancelotti diz ser “especial, mas provocador”.

Momentos de respeito

Mesmo com todas as polémicas e picardias, houve várias alturas em que os ataques e contra-ataques foram substituídos por respeito e admiração. Exemplo disso foi quando Ancelotti estava prestes a assinar pelo Real Madrid. Mourinho estava de saída dos merengues e disse mesmo que queria que tudo corresse bem ao técnico italiano.

"Espero que ele tenha todo o apoio que merece Tanto ele como qualquer outro treinador que vá pegar na equipa. Parece que ele vai assumir as rédeas e desejo-lhe tudo do melhor”, afirmou o português, no dia 5 de junho do ano passado, altura em que também deu a cara para defender Carletto do rótulo de “pacificador” que lhe estavam a dar no início da estadia no comando técnico dos merengues.

“Se me descrevessem como pacificador em vez de ser como treinador, iria sentir-me ofendido… Não acho que o Carlo mereça ser ofendido ainda antes de começar a trabalhar”, sustentou o português, que também teve o direito de ouvir palavras simpáticas de Ancelotti em algumas alturas da carreira.

Ancelotti agradeceu “o profissionalismo da equipa” que Mou lhe deixou no Real e chegou a deixar vários elogios ao Special One: “Mourinho é um grande treinador e eu respeito-o muito. Como pessoa tem um caráter diferente, penso que é diferente de mim, mas respeito-o muito”, sublinhou. Uma história de picardias com alguns capítulos de respeito.

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