A passagem de testemunho entre Raúl González e Cristiano Ronaldo prossegue quase cinco anos depois dos dois futebolistas terem coincidido por uma temporada no plantel do Real Madrid, em 2009/10.

O internacional português ficou com a camisola 7 quando o espanhol rumou ao Schalke 04 em julho de 2010, tendo iniciado uma caminhada a passos largos, que encurtou a distância para o recorde de golos da equipa, de Raúl, para apenas 80.

O clássico frente ao Barcelona, de domingo, no Santiago Bernabéu é um degrau mais que Ronaldo tentará subir para se aproximar mais de Raúl que levou 16 anos a fazer 323 golos em 741 jogos. Ronaldo, que está no quinto ano, soma 243 e a cadência que leva permite fazer uma estimativa de resultado impressionante.

O internacional português precisou apenas de 243 jogos para chegar a essa marca. Com base na média de 50,5 golos por temporada que regista desde que joga nos merengues, Ronaldo ficará em cima do recorde de Raúl no final de 2014/15... seis anos depois do início da etapa blanca na carreira.

Essa corrida vertiginosa de Ronaldo, na qual mais dois golos foram somados frente ao Schalke 04 (Liga dos Campeões) - que lhe permitiram superar Ferenc Puskas, até então o 4.º melhor artilheiro merengue de sempre -, garantiu ao melhor futebolista do Mundo a quarta temporada consecutiva acima dos 40 golos, um registo que foi foi conseguido por Lionel Messi e Mario Gómez.

Até "chegar" a Raúl, a este ritmo Ronaldo passará antes por Santillana (290 golos em 645 jogos) e Alfredo Di Stefano (307 em 396), que levaram, respetivamente, 17 e 11 anos, a conseguir os seus registos, chegando ao final desta temporada com 253 golos e ao final de 2014/15 com 313, a apenas 10 do recorde de Raúl, e na casa dos 270 jogos (partindo da média 50 jogos/época que leva).

Uma curta diferença que prestações excecionais, como a que leva atualmente, na senda do que fez em 2011/12, podem encurtar ajudando Ronaldo a alcançar o título de melhor marcador da história merengue em menos de metade do tempo de Raúl.