Michel Platini deu, esta terça-feira, mais uma alfinetada em Cristiano Ronaldo ao levantar suspeitas sobre os motivos que levaram a FIFA a prolongar o prazo relativo à votação para a Bola de Ouro. Na é a primeira vez que o dirigente francês pica CR7.

Tudo começou a 17 de julho de 2009, quando o presidente da UEFA criticou o valor pago pelo Real Madrid ao Manchester United pela contratação do internacional português. "Se Cristiano Ronaldo custou 92 milhões de euros, eu custaria, aos 23 anos, 93", disse. A provocação não ficou por aqui: "Eu não custaria nada porque respeitava os compromissos e ficava nos clubes até ao final do contrato."

Mais de quatro anos depois percebeu-se que estes números ainda não lhe tinham saído da cabeça quando comentou a atribuição do prémio de melhor jogador a atuar na Europa a Ribéry, entregue no passado mês de agosto.

A 29 de agosto, Ronaldo não marcou presença na gala que consagrou Ribéry. Na manhã seguinte, o "As" noticiou na 1.ª página que Michel Platini tinha ficado revoltado com a atitude de Ronaldo e que quase “subiu paredes” quando soube da ausência, ao ponto de ter sido aconselhado a “contar até 10”.

O dirigente francês colocou horas depois água na fervura. "Sei que Cristiano Ronaldo não veio porque tinha uma partida com o Real Madrid na Corunha. Dizem por aí que recusou porque sabia que não ia ganhar, mas a verdade é que tinha um compromisso profissional”, afirmou à “Marca”.

Embora muitas vezes tenha dito que a liga espanhola tem "muita sorte em contar com Messi e Ronaldo", "dois jogadores fantásticos mas diferentes", Platini deixou, em diversas ocasiões, indícios sobre a sua preferência.

"Messi é um verdadeiro matador. Tanto é doce e simpático fora do campo, como tem olhos de assassino, de goleador. Não há segredos para fazer, dentro de campo, o que ele faz”, disse o presidente da UEFA , por exemplo, a 19 de março de 2012.