Vitor Baía, Petr Cech, Júlio César e Iker Casillas, todos aprenderam com ele
Silvino Louro não é apenas o treinador de guarda-redes que trabalha com José Mourinho no Real Madrid. Na verdade, tem sido o braço direito do Special One desde 2002, quando deixou de ser o técnico de guarda-redes da Seleção Nacional, após o Mundial da Coreia/Japão, para se juntar a Mourinho, meses depois de este ter assumido o comando do FC Porto.
De então para cá, Silvino, hoje com 54 anos, ele próprio antigo internacional português com 23 presenças na Seleção Nacional, tem sido o responsável pelo facto de alguns bons guarda-redes passarem a ser dos melhores do Mundo, fazendo-os crescer e melhorar na especificidade do seu posto. Foi assim com Petr Cech ou Júlio César. Até com Vitor Baía e Iker Casillas, embora com alguns "casos" pelo meio.
Vitor Baía era o titular da Seleção Nacional quando, em setembro de 2002, teve um problema disciplinar com Mourinho e Silvino num treino do FC Porto, foi remetido para a equipa B, onde permaneceu até novembro, perdendo oito jornada do campeonato português (e por caminho o lugar na Seleção Nacional). Em termos técnicos, Baía aprendeu com Silvino um melhor posicionamento entre os postes e ganhou maior força emocional.
Na época anterior a trabalhar com Silvino, Baía sofrera uma média de 1,2 golos por jogo disputado. Com Silvino passou para uma média de 0,7 golos sofridos, tendo disputado 33 jogos em 2002/03 e 47 na época seguinte, voltando a piorar (0,9) em 2004/05, quando o treinador acompanhou Mourinho rumo ao Chelsea.
Quando chegou a Londres, Silvino Louro passou a trabalhar com o checo Petr Cech, que Mourinho fora buscar ao Rennes, de França. O italiano Carlo Cudicini era o titular do Chelsea, mas Silvino apostou no checo que, apesar de ser já o titular da seleção do seu país, era, ainda, um guarda-redes em crescimento.
O que aprendeu com Silvino permitiu-lhe baixar a média de golos sofridos de 1, no Rennes, para 0,7 na primeira época no Chelsea, 0,6 na segunda e 0,5 na terceira. O guarda-redes admitiria, numa entrevista em 2009, que “com Silvino aprendi coisas não não julgava serem possíveis de fazer na baliza”.
Uma situação parecida aconteceu quando Mourinho e Silvino chegaram ao Inter, em 2008. O brasileiro Julio César já havia ganho a corrida pela titularidade ao veterano italiano Francesco Toldo, mas também beneficiou do trabalho específico do treinador de guarda-redes português.
Já havia chegado à seleção do Brasil, mas lutava ainda com Dida e Rogério Ceni pela titularidade indiscutível, que ganharia a partir de então, ao ponto de ter sido ele o número 1 do Brasil no Mundial da África do Sul em 2010.
A aprendizagem com Silvino permitiu a Julio César fazer uma pequena travessia do deserto na seleção brasileira no último ano de Mano Menezes (apenas 1 jogo), para regressar agora com Luiz Felipe Scolari ao lugar que era seu, com a segurança de sempre.
Quando chegaram ao Real Madrid, tanto José Mourinho como Silvino Louro encontraram um indiscutível Iker Casillas na baliza do clube, uma situação parecida com a de Vitor Baía, oito anos antes, no FC Porto. A verdade é que tem sido com Casillas que têm surgido a maior número de “incidentes”, embora os treinadores procurem sempre desvalorizar as polémicas.
Ainda assim, Casillas também beneficiou do trabalho específico de Silvino. Nas três épocas anteriores à chegada do treinador de guarda-redes português, o espanhol sofrera uma média que variou entre os 09, e os 1,5 golos por jogo. Com Silvino, na primeira época, baixou para 0,7 e na segunda subiu para 0,9. Esta temporada, antes da lesão, Casillas tinha 30 golos sofridos em 29 jogos disputados.
Polémicas à parte, a verdade é que o trabalho de Silvino Louro transformou bons guarda-redes em guarda-redes de valor extraordinário.
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