Tebas responde ao "tom messiânico e supremacista" de Florentino Pérez: «Fala como se fosse dono da verdade»

Presidente da La Liga reage às declarações controversas do presidente do Real Madrid durante Assembleia Geral

Javier Tebas, presidente da LaLiga
Javier Tebas, presidente da LaLiga • Foto: EPA

A relação de Florentino Pérez e Javier Tebas há muitos anos que tem sido intempestiva e este domingo houve um novo apontar de dedos de ambas as partes. Em resposta às declarações polémicas do presidente do Real Madrid sobre o Barcelona e a La Liga, na Assembleia Geral do clube, o presidente do organismo que os campeonatos profissionais de Espanha respondeu à letra, com vários posts na rede social 'X', em que se mostra muito indignado. Recorde-se que Florentino, no seu discurso deste domingo, , lembrando o 'Caso Negreira', e criticou a Liga por promover jogos do campeonato no estrangeiro, referindo-se ao , tendo sido cancelado, posteriormente.

"Florentino volta a subir ao púlpito. Florentino, o mesmo que em 2021, no 'El Chiringuito', alertava solenemente que o futebol está gravemente doente economicamente e que só a sua Superliga o podia salvar. Hoje volta a falar contra todas as instituições, também contra a La Liga, num tom claramente messiânico, sectário, supermacista e de único dono da verdade", responde Tebas, numa das publicações na sua conta no 'X'.

O dirigente espanhol retorquiu ainda às acusações do líder merengue sobre o famigerado encontro que estava inicialmente agendado para Miami. Tebas garante que nenhuma equipa ia receber uma "injeção monetária extra", como apontou Florentino.

"O projeto do jogo em Miami foi assinado nos acordos da joint-venture com a Relevent, aprovado por unanimidade numa Comissão Delegada de 2018, e a linha estratégica foi explicada e aprovada neste órgão de governo da La Ligo. Acordos que foram públicos e que o Real Madrid nunca impugnou. A Assembleia da La Liga não tem competência para dizer “não” a um pedido de dois clubes para realizar um jogo oficial fora de Espanha (há que estudar os estatutos). Depois, quem deve decidir se um jogo fora de Espanha 'adultera' ou não uma competição não é a La Liga, não é a RFEF, não é a UEFA e, desde logo, não é o Real Madrid. A FIFA é que tem esta competência, de acordo com as normas internacionais. E assim foi: fizeram-se os pedidos e esperou-se pela sua decisão. O Villarreal apenas receberia uma compensação por conta de os adeptos terem de se deslocar para apoiar a equipa. Já o Barcelona, não recebeu nada para jogar ali", escreveu.

Por André Teixeira
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