Acuña e Quique Flores alvo de insultos racistas: «Tenho orgulho de cada poro e cada veia cigana que tenho»

Visita do Sevilha ao Getafe chegou a estar interrompida

• Foto: Marcos Acuña/Instagram

A vitória do Sevilha (1-0) em Getafe ficou manchada por mais um episódio de racismo. Desta vez foi o ex-Sporting Marcos Acuña a ser visado pelos adeptos da casa, num incidente que forçou o árbitro Iglesias Villanueva a interromper o jogo por alguns minutos.  Também o técnico dos andaluzes Quique Flores, que passou pelo Benfica, terá sido alvo de insultos relacionados com as suas origens ciganas. 

"Tenho orgulho de cada poro e cada veia cigana que tenho. Algumas pessoas acham que, por estarem num estádio, podem dizer o que quiserem. Mas nós estamos a trabalhar e merecemos ser respeitados. Parece-me aberrante que se digam este tipo de coisas e alguns adeptos do Getafe também se manifestaram contra quem nos estava a insultar", disse o técnico espanhol, aproveitando para pedir uma intervenção. 

"Não podemos deixar que isto se transforme num circo e que certos jogadores saiam sacrificados. Se calhar tem de acontecer a alguém importante para que os poderes tomem alguma ação. Se cada um de nós fizer alguma coisa, podemos passar às próximas gerações que vir ao futebol, ao ténis, ao basquetebol é para ser um momento de diversão e não para insultar", concluiu. 

Marcos Acuña, por sua vez, preferiu manter o silêncio. Nas redes sociais, publicou algumas fotografias do jogo com a legenda "Grande vitória! Vamos Sevilha!"

No relatório da partida, o juiz espanhol descreve que se ouviam gritos como "Acuña macaco" e "Acuña vens dos macacos", vindos de uma das bancadas centrais. O jogo foi interrompido aos 68' e retomado ao fim de pouco mais de dois minutos, depois de se terem ouvido avisos na instalação sonora do estádio, decorrendo sem incidentes até ao final.

Por Record
Deixe o seu comentário
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Geral ver exemplo
Ultimas de Sevilha
Notícias
Notícias Mais Vistas