PSG não chegava ao quartos-de-final da Liga dos Campeões há 18 anos...
Pronunciar a palavra desporto no Qatar é dirigir-se direta e indiretamente a Nasser Ghanim Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, um homem que concentra em si quase a mesma ambição desportiva que todo o país do Golfo Pérsico.
Tanto que os seus petrodólares fizeram renascer o PSG, uma equipa que terça-feira volta a jogar os quartos-de-final da Liga dos Campeões, 18 anos depois. Não será fácil avançar na competição pois à sua frente estará a equipa do Barcelona, “a melhor equipa do mundo”, como disse Al Khelaifi, de 39 anos, numa entrevista ao "L'Equipe".
Dentro de campo haverá uma conexão com o Qatar: de um lado está Al Khelaifi, do outro está o Barcelona com o patrocínio da Qatar Fundation na sua camisola. Para o ano será a empresa Qatar Airways, um indicador do poder económico do pequeno país árabe, que com essa força conseguiu fazer história com uma camisola livre de publicidade comercial.
Investimento
A empresa Qatar Investment Authority, dirigida por um primo do sheik e cujo objectivo passa por investir milhões na produção de gás e petróleo no Qatar, comprou o PSG em junho de 2011 e designou Al Khelaifi como presidente do clube.
Desde então gastou mais de 250 milhões de euros em grandes nomes como Zlatan Ibrahimovic, Javier Pastore, Thiago Silva, Lucas Moura ou David Beckham, numa tentativa de converter a equipa de Paris num “grande europeu”. E esta terça-feira a equipa do Paris Saint-Germain pode dar um passo gigante em busca desse objectivo.
Presidente do PSG, da Federação de Ténis do Qatar (QTF) e da cadeia televisiva Al Jazeera Sports, Al Khelaifi é sinónimo de desporto e negócios milionários tanto no Qatar como no resto do mundo.
As pessoas que trabalham com Al Khelaifi destacam a sua ambição, o seu desejo de mais e mais, mesmo que pareça que já tem tudo, e um certo nervosismo quando fala numa outra língua. “Talvez o seu inglês não seja o melhor”, disse um membro da QTF pouco antes da final do torneio de ténis de 2013.
Personalidade
Sem qualquer obstáculo, Al Khelaifi esconde bem os seus problemas e mostra-se tranquilo quando aparece em público. Normalmente vestido com a típica roupa árabe - sorri, pisca o olho e faz gestos de amabilidade nas conferências de imprensa.
“É muito ambicioso e gosta de desafios”, disse à DPA o director do torneio de ténis de Doha, o ex-jogador marroquino Karim Alami, uma pessoa próxima de Al Khelaifi.
“Tem todas as condições para fazer o que quer, quando quer”, acrescentou Alami, que assegurou que o sheik é reservado nos temas que lhe interessam.
“Não falo de futebol com ele”, explicou Alami quando lhe perguntaram se o presidente do PSG lhe contava os seus ambiciosos planos. Segundo a comunicação social, Al Khelaifi sonha em levar Cristiano Ronaldo e José Mourinho para o plantel francês. “São apenas rumores”, explicou o presidente do PSG ao “L’Equipe”.
O Sheik não pertence à família real dos Emiratos Árabes Unidos mas está muito bem relacionado com os Al-Thani, o sobrenome da dinastia. Al Khelaifi foi desde jovem um amigo íntimo do herdeiro do trono, Tamim bin Hamad Al-Thani, presidente o Comité Olímpico do Qatar, ele também um amante de desporto. “Nasser e Qatar têm a mesma mentalidade”, referiu Alami.
Praticante de ténis
Al Khelaifi, que nasceu a 12 de novembro e 1973, chegou a ser o número 995 do ranking de ténis mundial, em 2002, um marco no seu país. Agora, como presidente da federação, espera algum dia poder apresentar no Qatar um torneio de grande importância.
Mas até lá entretém-se com o PSG, uma equipa que já viajou em varias ocasiões para Doha para realizar “estágios” desde a chegada dos petrodólares.
“Isto dá uma excelente imagem ao Qatar, é a capital do desporto”, disse Al-Khelaifi em janeiro. “Queremos que todos os que venham até cá se sintam como em casa. É assim que são as pessoas do Qatar. Aqui todo o mundo é bem-vindo”.
Qualquer pessoa do Qatar que queira seguir a evolução do Paris Saint-Germain na Liga Francesa, os duelos do Barcelona e do Real Madrid, os jogos de LeBron James com os Miami Heat ou as finais dos Grand Slam de Ténis, poderá faze-lo a partir de muitos dos canais que oferece a Al Jazeera Sport.
Mas a cadeia de televisão de Al Khelaifi vai para além do Qatar e é uma das plataformas desportivas mais importantes do mundo através a sua franquia “BeinSport”: uma televisão em inglês, espanhol e outros idiomas que apresenta jogos da Liga dos Campeões, do campeonato do mundo de dardos, passando por todo o tipo de modalidades desportivas. O desporto concentrado numa só pessoa: Nasser Al Khelaifi.
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