Treinador do surpreendente líder da Ligue 1 elogia técnicos portugueses: «Em vez de invejá-los, temos de trabalhar...»

Pierre Sage, timoneiro do Lens, fez parte da formação no Porto

Pierre Sage, treinador do Lens
Pierre Sage, treinador do Lens • Foto: AP

Pierre Sage é por estes dias o treinador da moda no campeonato francês. Numa competição que tem o PSG como 'vencedor pré-anunciado' antes do arranque de cada temporada, o seu Lens, embora sem o fulgor da histórica equipa que chegou ao título em 1997/98, tem conseguido desafiar a lógica e surpreendido tudo e todos esta época, tanto que ao cabo de 15 jornadas lidera mesmo a prova, com 34 pontos, mais um do que a fortíssima armada parisiense.  Na conferência de imprensa depois do triunfo deste fim-de-semana, em casa do Nantes, Pierre Sage, que fez parte da formação no Porto, deixou grandes elogios ao trabalho que se faz em Portugal e sublinhou mesmo que esse trabalho deveria ser replicado em França.

"Eu próprio formei-me em Portugal. Fiz um mestrado profissional em periodização tática no Porto. E, como podem imaginar, se me comprometi com este processo, é porque dou muito crédito ao que eles fazem e reconheço o seu trabalho há muitos anos. Além disso, em termos de organização dos técnicos, eles são muito fortes, pois têm um sindicato de treinadores muito ativo, que lhes permite estar a par de todas as oportunidades de mercado que surgem e, assim, criar rapidamente redes de contactos e montar equipas com bastante rapidez. Fazem isso muito bem, são bem organizados", disse o treinador do Lens, de 46 anos, complementando:

"Mas, além desses aspetos de rede e das metodologias de treino nas quais eles são muito bons, há também o domínio de idiomas. Eles têm a capacidade de aprender idiomas rapidamente, ou, pelo menos, de falar vários idiomas na sua equipa, o que não lhes fecha portas e, no final das contas, permite que eles se comuniquem rapidamente com os jogadores e, assim, tenham um impacto sobre o grupo. Portanto, eles preenchem muitos requisitos para ter oportunidades. E nós, em vez de invejá-los, temos de nos pôr a trabalhar e garantir que as nossas metodologias de treino são boas, falar bem as línguas e dar as informações certas aos colegas quando somos despedidos de um clube."

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