Neymar responde à Nike: «Continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu»

Marca alegou que jogador recusou cooperar num inquérito sobre uma alegada agressão sexual a funcionária

• Foto: EPA

O futebolista internacional brasileiro Neymar refutou esta sexta-feira que a Nike tenha terminado o contrato de patrocínio com o avançado porque se recusou a colaborar no esclarecimento de uma denúncia de abuso sexual a uma funcionária da marca.

"Dizer que o meu contrato acabou porque não contribuí de boa-fé com uma investigação é absurdo, mentiroso", atirou o jogador do Paris Saint-Germain, em estágio com a seleção brasileira, através das redes sociais.

Segundo o 'astro' brasileiro, a Nike "nada fez" sobre o caso ao longo dos anos e escondeu-lhe o tema, considerando ainda não ter tido "oportunidade" de se defender, nem de procurar saber quem era a pessoa que se sentiu agredida.

"Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido.Até quando? Ironia do destino, continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu", atirou.

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Neymar fala mesmo em "traição", que levará no peito, uma vez que as equipas que representa são vestidas pela marca, mas acredita que "esse cruel tempo" trará "as verdadeiras respostas" sobre o caso.

A Nike revelou na quinta-feira que terminou o contrato com o futebolista brasileiro Neymar, em 2020, porque o jogador do Paris Saint-Germain recusou cooperar num inquérito conduzido pela marca a alegações de agressão sexual a uma funcionária.

"A Nike terminou a relação com o desportista porque ele recusou cooperar num inquérito de boa-fé sobre alegações credíveis de atos censuráveis cometidos contra uma empregada (da empresa)", anunciou a marca em comunicado, confirmando uma informação avançada pelo jornal norte-americano Wall Street Journal.

Na nota, a empresa de equipamento desportivo afirmou que estava pronta a investigar o caso em 2018, quando a funcionária acusou o futebolista pela primeira vez, mas que decidiu "respeitar o desejo inicial da empregada de manter o caso confidencial e evitar a abertura de um inquérito".

Por essa razão, a Nike não partilhou informações sobre o caso com a justiça ou com terceiros até 2019, altura em que a empresa contratou advogados para conduzir um inquérito, quando a funcionária indicou querer prosseguir o inquérito, acrescentou a empresa.

Nesse mesmo ano, Neymar foi acusado de violação por uma mulher brasileira. A acusação, que o jogador negou e que foi, entretanto, abandonada, prejudicou a sua imagem.

Apesar disso, pouco depois da rutura do contrato com a Nike, o brasileiro assinou contrato com a Puma.

Por Lusa
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