Em tempo de pandemia, Marcus Rashford luta também pela igualdade e pela ajuda às crianças e famílias mais carenciadas. Depois de ter angariado 23 milhões de euros, que permitirão servir três milhões de refeições a crianças carenciadas no Reino Unido, numa iniciativa conjunta com a FareShare, a maior associação de luta contra a fome e o desperdício alimentar no país, o avançado do Manchester United escreveu uma carta aberta ao parlamento britânico.
"O governo adotou uma abordagem 'do que for preciso' para a economia - hoje estou a pedir que estendam esse mesmo pensamento para proteger todas as crianças vulneráveis que existem em Inglaterra", refere Rashford, na carta onde começa por recordar a sua alegria e a da multidão em 2016, quando se estreou pela seleção inglesa. Mas que na sua história também há o conhecimento da outra face.
"A minha mãe trabalhava a tempo inteiro, ganhava o ordenado mínimo para assegurar um bom jantar para nós. Mas o sistema não foi criado para famílias como a minha terem sucesso, independentemente do trabalho duro da minha mãe", recorda o futebolista, acrescentando: "bancos alimentares não nos eram estranhos. (..) Íamos a uma loja de 'tudo a uma libra' e comprávamos sete iougurtes, para poder comer um a cada dia".
O jogador do Manchester United recorda que esta semana iria começar o Euro 2020 mas aponta também que os dados referem que "Wembley podia ser cheio duas vezes com crianças que tiveram de saltar refeições durante o confinamento por as suas famílias não terem acesso a comida."
"Encorajo-vos a ouvir os apelos e encontrar a humanidade. Por favor, reconsiderem a decisão de cancelar o plano de vale-alimentação durante o período de férias de verão e garantam a extensão do mesmo", refere Rashford, sublinhando: "Isso não é sobre política; é sobre humanidade".
"A fome em Inglaterra é uma pandemia que pode durar gerações, se nada fizermos agora. Estão registadas 1,3 milhões de crianças para receber refeições escolares gratuitas em Inglaterra e um quarto dessas crianças não recebe qualquer apoio desde o fecho das escolas", diz.
"Esta é uma falha do sistema e, sem educação, estamos a incentivar a que esse ciclo de dificuldades continue", diz, exemplificando: "Para colocar esta pandemia em perspetiva, entre 2018 e 2019, 9 em cada 30 crianças de qualquer sala de aula do Reino Unido, viviam na pobreza"; hoje em dia, 45% das crianças provenientes de grupos étnicos minoritários vivem em pobreza."
"Isto é Inglaterra em 2020 e este é um tema que precisa de assistência urgente. Por favor, façam marcha atrás e façam da proteção das vidas dos mais vulneráveis uma prioridade", sublinha o futebolista.
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