A empresa de Abu Dhabi que controla o Manchester City fica avaliada em perto de 5 mil milhões de dólares depois de vender 10% do seu capital a uma firma de private equity.
O City Football Group (CFG), que controla o clube inglês Manchester City, chegou acordo para vender uma fatia de pouco mais de 10% do seu capital ao Silver Lake, num negócio que avalia o dono do campeão inglês em cerca de 4,8 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros).
De acordo com o Financial Times, este negócio valoriza uma companhia de clubes desportivos no valor mais elevado de sempre. E mostra como este setor (sobretudo o futebol) está a atrair o interesse de cada vez mais investidores numa altura em que captam receitas recorde, devido sobretudo aos direitos televisivos e publicidade.
O clube treinado por Pep Guardiola não está cotado em bolsa, pelo que não era até aqui possível comparar o seu valor com congéneres. O valor a que fica agora avaliado o CFG (além do City controla outros clubes de menor dimensão) é bem superior ao do rival Manchester United (2,8 mil milhões de dólares) e cerca de três vezes superior ao da Juventus, o crónico campeão italiano que na Bolsa de Milão apresenta uma capitalização bolsista de 1,4 mil milhões de euros.
Comparando com o contexto português a diferença é ainda maior. O Benfica, que é o clube português mais valioso (tendo em conta as cotações em bolsa), tem uma capitalização bolsista de 104 milhões de euros e só superou a barreira dos 100 milhões de euros devido à OPA lançada pelo clube.
O maior negócio efetuado até agora a envolver uma empresa que controla um clube desportivo foi selado este ano quando um dos fundadores da chinesa Alibaba comprou o controlo dos Brooklin Nets, avaliando o clube da NBA em 2,35 mil milhões de dólares.
Encaixe para comprar outros clubes
O City Football Group, que está sedeado nos Estados Unidos mas tem capital de Abu Dhabi, vai continuar a controlar o clube onde joga o português Bernardo Silva, passando a ter como parceiro e acionista a firma de capital de risco Silver Lake, que pagou 500 milhões de dólares para ficar com pouco mais de 10% do capital desta holding.
Esta empresa de capital árabe que controla o City tem outros clubes de futebol (como o New York City FC dos EUA e o Melbourne City FC da Austrália), sendo que os fundos que encaixou com este negócio com a Silver Lake vão ser utilizados para expandir o negócio através da aquisição de outros clubes um pouco por todo o mundo.
O Manchester City foi comprado por Sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan em 2008, altura em que era um clube de média dimensão da Premier League. O membro da família real de Abu Dhabi investiu várias centenas de milhões de euros na aquisição de estrelas para o clube, que conseguiu ser campeão já por quatro vezes nos últimos 10 anos.
A Silver Lake, com 43 mil milhões de dólares em ativos sob gestão, tem investimentos em várias firmas de tecnologia, como a Alibaba, Dell e Skype, mas nos últimos tempos tem apostado forte no setor do entretenimento (Ultimate Fighting Championship e a Endeavor, uma agência de talentos de Hollywood).
Segundo o FT, a firma de private equity norte-americana sondou o investimento noutros clubes britânicos e fora do Reino Unido, entre eles o Chelsea. O jornal britânico dá conta que o objetivo do fundo passa por manter o investimento no City durante uma década, mas poderá vender antes através de uma oferta pública inicial para colocar a holding que controla o clube na bolsa.
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