Jogador confessa que gostaria de contar tudo aos companheiros de equipa e ao treinador
A imprensa inglesa revela este sábado que uma estrela da Premier League escreveu uma carta aberta dando conta da sua homossexualidade, bem como da angústia e do medo em se assumir perante os companheiros de equipa.
O jogador, que diz não estar pronto para revelar a sua identidade, explica que apenas os seus familiares e "um grupo restrito de amigos" têm conhecimento da sua homossexualidade, mas espera um dia poder falar abertamente sobre o tema com os companheiros e com o treinador. Para já diz que não se sente preparado.
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Na carta, divulgada pela 'Justin Fashanu Foundation', o futebolista reconhece: "Sou gay. Escrever isto nesta carta já é um grande passo para mim".
E prossegue: "Como é viver assim? Dia a dia pode ser um pesadelo. E está cada vez mais a afetar a minha saúde mental. Sinto-me encurralado e o meu medo está a esconder quem eu sou, o que torna as coisas ainda piores."
"Às vezes o meu coração diz-me que tenho de o fazer, mas a minha cabeça responde sempre da mesma forma: 'para quê arriscar tudo?' Tenho a sorte de ter um salário muito bom. Tenho um bom carro, um roupeiro cheio de roupas de marca e posso comprar tudo o que quiser para a minha família e amigos. Mas sinto a falta de uma companhia. Estou numa idade em que adoraria ter uma relação, mas devido à minha profissão o nível de confiança num parceiro tem de ser extremamente elevado. Por isso evito relações. Espero em breve conhecer alguém que seja de confiança", acrescentou.
O jogador escreve ainda que "o futebol não está preparado" para receber um jogador que se assuma como homossexual. "Seriam necessárias mudanças radicais de modo a poder sentir-me à vontade para avançar. A Associação de Jogadores Profissionais diz que está preparada para ajudar quem se assumir, que oferecem apoio psicológico a quem precisar... Se eu precisar de ajuda psicológica procuro-a, eles não estão a ver o cerne da questão. As pessoas que gerem o negócio é que têm de educar os fãs, os jogadores, os treinadores, os empresários, os donos dos clubes... basicamente toda a gente que está envolvida no jogo."
O futebolista não tem dúvidas de que há "preconceito no futebol". "Já ouvi inúmeras vezes cânticos homofóbicos e comentários de adeptos, sem serem dirigidos para ninguém em particular. Estranhamente isso não me incomoda durante os jogos, estou demasiado concentrado. É quando estou no avião ou no carro que isso me atinge. Se as coisas se mantiverem desta forma, o meu plano é continuar a jogar o máximo de tempo possível e assumir-me apenas quando me retirar."
Atualmente não há jogadores em atividade em Inglaterra que se tenham assumido homossexuais ou bissexuais, mas o avançado do Watford, Troy Deeney, disse recentemente que na sua equipa há pelo menos um. "A partir do momento em que o primeiro se assumir, muitos se seguirão".
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