Central do Liverpool também foi obrigado a deslocar-se na década de 90, na Guerra dos Balcãs
Dejan Lovren vive a tragédia dos refugiados com particular intensidade. O central do Liverpool também foi obrigado, juntamente, com a sua família, a deixar a terra natal devido a conflitos - no caso a Guerra dos Balcãs, no início da década de 90, na antiga Jugoslávia - e sabe aquilo por que passam atualmente milhares de sírios, apelando aos países europeus para que não fechem fronteiras e possam acolher as muitas famílias que fogem de Alepo e outras cidades sírias fustigadas pelo conflito entre o Estado Islâmico e o governo local, com outras forças envolvidas.
Nascido de pais croatas em 1989, na cidade de Zenica (hoje Bósnia), Lovren fugiu juntamente com os pais para Munique, na Alemanha, depois do início dos bombardeamentos. Ainda criança, o defesa não se recorda de muitos detalhes mas sabe o dia que em tudo mudou. Tinha apenas 3 anos e esta memória marcou-o para sempre. "Estava em casa com a minha mãe quando ouvimos as sirenes das anti-aéreas. Foi muito assustador. Ela agarrou-me e fomos para a cave. A minha mãe chorava e nada mais podíamos fazer do que esconder-nos. Nunca irei esquecer esse momento", relatou o internacional croata, hoje com 27 anos, confidenciando que não costuma falar muitas vezes com a mãe sobre o assunto, por ser um tema sensível: "Quando lhe pergunto algo ela começa a chorar. Não é fácil para ela".
Para se ter uma noção da imprevisibilidade do dia a dia do jovem Lovren, o jogador do Liverpool revelou que um familiar seu acabou por morrer pouco tempo depois de ele e os pais terem abandonado Zenica, precisamente no local onde costumavam morar: "Muitas pessoas ficaram e não serei eu a dizer que tomaram uma decisão errada, pois aquelas eram as suas casas, mas acabaram por jogar com a vida delas. Um irmão de um dos meus tios foi morto no local onde eu vivia uma semana antes de partir. Foi terrível e aconteceu não só à minha família como a muitas outras que conhecia."
O apelo
Conhecedor dos problemas, Lovren faz por isso uma apelo: "Quando vejo os noticiários e vejo os refugiados da Síria e outros locais, o meu primeiro instinto é o de que devemos dar-lhes uma hipótese. Sei que existem preocupações com o terrorismo e compreendo-as, mas trata-se de famílias, com crianças. Não podemos simplesmente fechar os olhos. Eles merecem uma hipótese como aquela que eu e a minha família tivemos quando deixámos a Bósnia. Ficarei grato à Alemanha para sempre devido a isso. Permitiram-nos ficar durante sete anos e provavelmente teria ficado lá mais tempo se tivéssemos a papelada correta, portanto fomos obrigados a voltar. Isso também foi complicado para mim."
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