A sabedoria popular portuguesa costuma dizer que o 'peixe morre pela boca', um provérbio que se aplica na perfeição ao duelo deste fim de semana, entre Nottingham e Manchester United, a contar para a jornada 10 da Premier League. Porquê? Porque Sean Dyche, antes de assumir o comando técnico do Nottingham, comentou o trabalho do treinador português e nesse momento não teve qualquer problema em afirmar que ganharia mais jogos do que Amorim. Na antevisão ao jogo, o treinador luso foi confrontado com as palavras do adversário e, como é habitual, não se deixou ficar.

"Antes de mais, talvez seja verdade que, se jogássemos em 4x4x2, talvez ganhássemos mais jogos, mas sempre disse que tenho uma forma de jogar que demora algum tempo, mas no futuro veremos se vai correr melhor. Portanto, não podemos saber. Depois, eu olho para o Sean Dyche como treinador e a seguir olho como comentador. Se és comentador e não dizes coisas fortes, então eu não te vou querer ouvir! Sou igual. Portanto, eu consigo compreender que é um trabalho completamente diferente. Sei que o Sean Dyche é muito inteligente e que sabe como jogar este jogo. Para além disso, ele também percebe que uma coisa é o que vemos no jogo e falar sobre o jogo e outra coisa é treinar uma equipa. Ou seja, eu percebo isso e não tenho nada a dizer. Só quero ganhar o próximo jogo", referiu Ruben Amorim.

As ditas declarações de Sean Dyche foram proferidas em agosto, ao podcast 'Tippy Tappy Football'. "Posso ser criticado por isto, mas eu aposto que ganharia mais jogos com este plantel a jogar em 4x4x2. As pessoas continuam a falar sobre a filosofia dele e que não está a funcionar. Está tudo bem quando não funciona ao cabo de cinco ou 10 jogos, mas quando chegas aos 20 jogos... Espera aí, que isto não está a funcionar", disse, na altura.