Ruben Amorim fez, logo após a vitória na Liga Europa frente ao Steaua Bucareste (0-2), que garantiu a passagem do Manchester United aos oitavos-de-final da Liga Europa, a antevisão ao jogo da Premier League com o Crystal Palace (domingo, 14 horas), onde falou da importância de dois jogadores do plantel e da frágil situação financeira dos red devils.

Evolução de Garnacho. Será um elemento importante para si?

"Não acho que ele esteja a evoluir comigo. Depois do jogo com o Manchester City, mudou. A maneira como compreende algumas coisas, percebe que só quero ajudá-lo, ganhar jogos. Mudou tudo. A maneira como recupera, percebe que às vezes eu sou muito exigente no primeiro impacto. Estava habituado a um tipo de treinador diferente. Ele percebe que nunca é por mal, é sempre para o bem dele. Eu sou uma pessoa diferente. Acho que todo o mérito é dele. Está a melhorar e queremos que continue assim".

Mainoo esteve muito bem frente ao Steaua. Sente que a incerteza quanto ao futuro pode ter um impacto nas exibições dele?

"Não acho que tenha a ver com o contrato. Toda a gente em Inglaterra vê o Kobbie como um jogador muito bom, jogou a final do Europeu [jovem]. Acho que tem a ver com a posição. Não está tão confortável com isso. Antes jogava sempre, agora nem sempre. Talvez tenha algo a ver com isso. A posição exige muito dele. E hoje, senti que estava feliz ali. As movimentações, a maneira como toca na bola. E jogou melhor por isso. Portanto, acho que pode mudar de posição...".

Situação financeira do Manchester United...

"Quero ter jogadores como o Kobbie [Mainoo] e o Garnacho. Temos de melhorar a nossa academia e trazer mais jogadores assim. Isso é algo do qual todos os clubes ingleses precisam de tirar partido, da academia. É jogar, sentir a camisola, e depois vender. O nosso foco é ter mais assim".

Luke Shaw regressou aos treinos. O quão perto está de regressar aos relvados?

"Ainda vai demorar mais algum tempo. Acho que precisa de treinar mais, de passar mais tempo com os companheiros a jogar normalmente. Não só a trabalhar sozinho. Vai juntar-se a eles e começar daí. E quando sentir que é o momento certo, irá começar a ter mais alguns minutos".

Claro que Malacia sofreu uma lesão grave há alguns meses. Acha que seria melhor para ele ganhar minutos noutro sítio nesta fase?

"Com o Malacia, veremos. O que sei é que é muito difícil para ele. Ficou muito tempo de fora e agora é difícil estar em muitos jogos consecutivos. É um lateral, e neste sistema é difícil, talvez por não ser tão ofensivo como está habituado. Até pode fazer de central quando temos mais posse de bola e quando estamos a controlar melhor o jogo. É um contexto muito difícil para ele, mas é nosso jogador e vamos ajudá-lo".