Treinador do Manchester United fez a antevisão ao jogo com o Tottenham, marcado para domingo, pelas 16h30
Ruben Amorim fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo entre o Manchester United e o Tottenham, marcado para domingo, pelas 16h30. O treinador português voltou a sublinhar a importância de trabalhar sobre vitórias e, pelo meio, deixou uma 'boca' a Ange Postecoglou, treinador dos spurs.
Como tem sido o ambiente nos treinos na última semana? No que diz respeito às lesões, quais são as situações de Luke Shaw, Mason Mount e Jonny Evans?
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"Foi uma semana boa até há dois dias, onde tivemos alguns problemas. Portanto não vamos conseguir ter esses jogadores recuperados. Estamos à espera. Temos também um jogador doente, portanto vamos ver a equipa que vai entrar em campo no fim-de-semana. Mas foi bom poder trabalhar com a equipa, sentir os jogadores e tentar melhorar aquilo que estamos a fazer".
Importância deste jogo com o Tottenham, numa altura em que nenhuma das equipas está a conseguir convencer...
"Todos os jogos até ao final da temporada vão ser jogos grandes para nós. Precisamos de melhorar a maneira como jogamos, mas precisamos mesmo é de vencer. E, para isso, temos de evoluir".
Esta semana saíram algumas notícias sobre complicações no clube, até pelo envolvimento da INEOS. Está preocupado que estas coisas possam ter impacto na prestação da equipa?
"O nosso maior problema neste momento é o Tottenham. Sabemos do momento que vivemos, isso não é novo. Já sabíamos das regras do fairplay [financeiro]. Temos esse problema agora, mas isso não pode influenciar a maneira como oriento a equipa nem como preparo o próximo jogo. O meu foco está nisso, não nas outras coisas. Para fazer algo, precisamos de vender jogadores. O meu foco é preparar o jogo. Agora já não podemos fazer nada [no mercado], a janela está fechada. No verão veremos".
O Manchester United tem o objetivo de voltar a conquistar títulos em 2028. Isso foi-lhe comunicado? O que pensa dessa meta?
"Sim, falámos sobre isso. Disse desde o primeiro dia que o nosso foco é conquistar a Premier League. E daqui a uns anos podemos mudar tudo. Não sei quanto tempo vai demorar. Neste momento, estamos numa situação difícil. A maneira como jogamos, os jogos que não ganhamos, sabemos de tudo isso. Mas temos de trabalhar todos os dias e estar concentrados nos pequenos passos. Ganhar o próximo jogo, preparar muito bem o verão e, depois, veremos".
O treinador do Tottenham [Postecoglou] também tem sido criticado por agarrar-se demasiado às ideias que tem. O quão importante é, para um treinador, não se desviar da filosofia que tem? Admira-o por isso?
"Sim, sou um grande fã dele. Claro que sou de uma cultura diferente, sou português, e vocês sabem que todos os treinadores portugueses se conseguem adaptar. E eu faço o mesmo. A única diferença é que neste momento estou a usar um sistema porque sei que, se acreditarmos no nosso trabalho, depois dá para jogar de várias maneiras ao mesmo tempo. A minha ideia é essa. Mas não estamos a ganhar jogos, e por isso percebo a ligação entre mim e o Ange. Temos os mesmos problemas. Com todo o respeito, eu estou num clube maior e com mais pressão, e acho que é muito importante para um treinador seguir os seus princípios".
Sente empatia por Postecoglou, até pelos maus resultados que o Tottenham tem vindo a fazer?
"Claro que sim. Principalmente porque é um bom homem. É um treinador muito bom. Quer jogar futebol da maneira certa, e isso para mim é uma coisa boa. Sabemos que, quando escolhemos esta profissão, há muita coisa boa, mas também temos de sentir a pressão de não vencer".
Vê os jogadores pressionados quando jogam em casa?
"Sinto isso no jogo, porque dá para ver, toda a gente vê. Às vezes, especialmente nos jogos grandes, quando a equipa sente que não é favorita, sinto os jogadores mais livres. Mas depois, quando é mesmo preciso ganhar, quando é preciso dominar, sinto que ainda não estamos lá. Jogar fora é um bocadinho diferente".
O Manchester United vai precisar de vender jogadores no verão se quiser comprar?
"Vocês conhecem as regras melhor do que eu. O nosso foco é vencer jogos e depois vamos ter tempo para olhar para isso".
Há algum jogador na formação do Manchester United perto da equipa principal?
"Não quero dizer nomes, porque temos de ter cuidado. Há jogadores a trabalhar connosco e esta semana tivemos alguns problemas, portanto precisámos de chamar mais jovens".
Os 12 pontos que separam o Manchester United da linha de água são perigosos?
"Se olharmos para a tabela, é impossível sentir algum tipo de conforto neste momento. Só queremos ganhar, melhorar. Somos o Manchester United. Estamos sempre a falar da mesma coisa. Independentemente de estarmos mais acima ou mais abaixo. Precisamos de melhorar, de vencer".
O Antony deixou o Manchester United e está bem no Betis, McTominay também saiu do clube e tem estado bem no Nápoles. Acha que isso mostra a dificuldade que há em jogar no Manchester United?
"Não sei. Às vezes pode ser assim, mas isso pode acontecer em qualquer lado. Estamos num clube com muita pressão. E depois precisamos de ter uma base. É também muito difícil para os jogadores. E deu para sentir isso com o [Patrick] Dorgu, sentiu-se um bocadinho nervoso ao início. Mas se estivermos bem como equipa, se tivermos uma base forte, a vencer jogos... Vai ser mais fácil para os jogadores. O futebol é assim. Quando atingimos um certo nível, precisamos de lidar com a pressão. E às vezes os jogadores saem e sentem-se mais livres".
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