Ruben Amorim: «No ano passado, saíamos daqui sem pontos. E com uma diferença de golos maior...»

Treinador do Manchester United elogia o esforço dos seus jogadores frente ao Nottingham, mas pede mais energia durante os 90 minutos

Ruben Amorim elogia o esforço dos seus jogadores frente ao Nottingham
Ruben Amorim elogia o esforço dos seus jogadores frente ao Nottingham • Foto: Getty Images

Depois de três vitórias consecutivas, o Manchester United de Ruben Amorim escorregou este sábado em casa do Nottingham Forest . No final da partida, o treinador português explicou o que faltou à sua equipa para sair do City Ground com os três pontos e deu uma certeza: se esta partida tivesse sido disputada na temporada passada, a história teria sido diferente.

"Acho que perdemos controlo do jogo durante 5 minutos e pagámos o preço. Fizemos algumas coisas bem. Os nossos níveis de energia baixaram um bocadinho e, quando isso acontece, é algo que se nota. Jogámos bem, mas não o fizemos com toda a força. Sinto que os jogadores realmente tentaram, não só durante o fim-de-semana, mas também hoje. No passado, se sofrêssemos dois golos em 5 minutos, não conseguiríamos recuperar. Hoje conseguimos. Não o ganhámos, mas sabíamos que não o íamos perder. Perdemos 2 pontos aqui e devíamos ter feito melhor", começou por analisar o técnico, de 40 anos, em conferência de imprensa logo após o apito final.

Em relação à resiliência que a equipa tem construído... "Acho que, no último ano, sofremos muito. E queremos ganhar jogos, queremos ultrapassar esses momentos. E agora sabemos como fazê-lo. Precisamos só de estar dentro do jogo até aos últimos 10 minutos. No passado, as coisas corriam quase todas mal. Agora, o sentimento não é esse. Acho que estamos a melhorar nesse aspeto. Fizemos algumas coisas bem. E a coisa boa é que temos potencial para fazer muito melhor. O objetivo é esse".

Se este jogo fosse na última temporada, o Man. United teria saído daqui sem pontos? "Sim. Por uma diferença de golos maior. É isso que sinto... Tem a ver com a confiança, agora é completamente diferente. Também vínhamos de três vitórias. Percebemo-nos melhor uns aos outros, falamos mais. E já provámos este ano que, apesar dos maus momentos, podemos fazer três bons jogos de repente. E, durante o jogo, é assim também. Podemos estar pior, depois marcar, e na 2.ª parte, em poucos minutos, sofremos".

Lançou dois defesas para dentro de campo na 2.ª parte... "Sim, às vezes não vamos jogar melhor por colocar mais avançados. Olhando para o Dalot, tem a bola muitas vezes a bola e pode fazer o cruzamento, mas de pé direito naquela posição... O Dorgu a mesma coisa. Se olharem para o início da 2.ª parte, o Leny [Yoro] tinha sempre espaço para sair com bola. Tentamos usar as qualidades de cada jogador. E também temos muita qualidade no banco. Mas se quebrar o ritmo do jogo com isso... Acho que ao longo da 2.ª parte estávamos a melhorar e, por isso, senti que tínhamos o talento suficiente na frente. E o Amad [Diallo] é muito perigoso no um contra um. Conseguiu marcar, mas podemos fazer melhor...".

Como é que um jogador como Zirkzee se sente por não ter oportunidades nestes momentos? "Poderia dizer o mesmo sobre o Kobbie Mainoo ou o Mason Mount. Mas é preciso olhar para o jogo. E precisávamos de alguém para estar dentro do jogo. Tem a ver com as caraterísticas do jogo, eles sabem que tem a ver com isso. Não tem nada a ver com a qualidade que temos ou não temos no banco".

Sofrer dois golos em tão pouco tempo é o sinal de que a equipa ainda não está afinada defensivamente? "Tem a ver com tudo. O momento da nossa equipa... Nada mudou radicalmente ao longo das últimas semanas, só a confiança e os resultados. Mas a maneira como olho para o potencial da equipa no momento em que estamos, não mudou. O meu trabalho é tentar manter um balanço. E depois, olhando para o primeiro golo [do Nottingham]... Quero o Amad naquela posição, mas claro que ele não é o melhor a defender cruzamentos. Acho que somos melhores se pressionarmos melhor lá em cima. Tentamos mudar as caraterísticas dos jogadores para cada jogo, mas tem a ver também com o momento da equipa e do clube".

Acha que a falta de energia da equipa se deve ao facto de ter jogado fora de casa? "Não sei. Acho que pode estar relacionado. A jogar em Old Trafford, dá para sentir outro ambiente. E isso pode ajudar-nos. Precisamos de voltar a ter aquele sentimento de equipa grande, que sabe que o ambiente não é importante. Mas olhando para outras equipas da Premier League, também são melhores a jogar em casa. O que precisamos de fazer é jogar com toda a energia. E se caírmos um bocadinho nesse aspeto, nota-se logo".

Então a equipa é mais confiante a jogar em casa? "Sim... O barulho que se ouve no estádio nas transições... É por isso que Old Trafford é tão importante para nós, especialmente num momento como este".

Por André Santos
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