Era uma biografia há muito esperada e não defraudará, certamente, as expectativas. "Adrenalina, as minha histórias por contar", de Zlatan Ibrahimovic, chegou esta semana às bancas e o internacional sueco revelou já vários episódios da sua vida durante a apresentação do livro. Como a dura realidade do pai durante a guerra na Jugoslávia.
"Todos os dias recebia notícias sobre a morte de alguém que conhecia. Ajudou os refugiados e tratou sempre de me proteger de tudo isso. Quando a irmã dele morreu na Suécia, eu não estava lá. Mas quando o meu irmão Shapko morreu de leucemia, fui. O meu irmão estava à minha espera, morreu à minha frente. Sepultámo-lo segundo os costumes muçulmanos. O meu pai não derramou uma lágrima, mas no dia seguinte foi ao cemitério e chorou de manhã à noite. Sozinho", recordou o jogador do Milan.
E prosseguiu, reconhecendo que deixou de acreditar na religião: Não creio em Deus, só em mim mesmo. Foi assim que aprendi a transformar o ódio numa arma".
A infância, relatou, foi "difícil e problemática". "Era diferente na escola. Os outros tinham uns olhos azuis, brilhantes e um nariz normal. Eu era moreno, de nariz grande. Falava de forma diferente, mexia-me de forma diferente. Os pais dos meus colegas assinaram uma petição para que eu fosse expulso. Odiaram-me sempre, e no princípio reagi mal. Mais tarde, aprendi a sofrer e a transformar o ódio na minha força".
Por Record
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