Treinador português revela que ficou dececionado com a 1.ª parte da equipa, mas que o discurso no descanso acabou por ser fundamental para a reação
Sérgio Conceição arrancou a sua jornada no AC Milan com uma vitória (2-1) sobre a Juventus, que colocou os rossoneri na final da Supertaça de Itália. Apesar de estar contente com o resultado obtido esta noite em Riade, o treinador português assumiu que não ficou nada satisfeito com aquilo que a equipa produziu na primeira parte e que necessitou de intervir com um discurso mais áspero ao intervalo.
"É preciso paixão na vida, o futebol é emoção e há momentos bonitos. Merecíamos esta final pela segunda parte que fizemos. Na primeira parte, vi um Milan como o de há algumas semanas, com muitas dúvidas, demasiado lento a movimentar-se. Ao intervalo falámos uns com os outros, olhando olhos nos olhos, pois tínhamos de perceber o que tínhamos de fazer para ganhar o jogo e eles foram muito corajosos. A segunda parte foi completamente diferente, mas ainda não fizemos nada. Temos menos um dia de descanso e isso é um fator importante", começou por dizer o técnico dos rossoneri, em declarações citadas pela 'Mediaset', assumindo que a intervenção no balneário ajudou a equipa a 'acordar' no segundo tempo: "Após os primeiros 45 minutos, no balneário, não andei a distribuir beijinhos, na verdade fiquei um pouco zangado porque a equipa não fez o que tínhamos preparado e isso irritou-me. Este é um grupo humilde, às vezes falta um pouco de maldade para chegar a algo mais, mas com o tempo vamos lá chegar. Não sou uma pessoa muito simpática, não gosto de dar abraços aos jogadores, irrito-me com mais frequência, mas um grupo de trabalho precisa de tudo isto. O nosso tem qualidade e estou muito contente com eles porque também aceitaram um treinador que não sorri muito. Não estou aqui para fazer amigos, mas para ganhar."
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"Vamos ver, ele está quase a recuperar. Não creio que esteja disponível amanhã. Vamos ver se estará a partir de depois de amanhã."
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"Sim, fizemo-lo na segunda parte. O Álvaro entra muitas vezes no apoio, Jiménez e Pulisic não fizeram o que eu queria em profundidade e fomos quase inexistentes no ataque, e isso não é bom. Tínhamos preparado algo diferente que não fizemos. Mas no futuro podemos jogar com dois avançados, sim", terminou.
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