Ricardo Izecson dos Santos Leite - Kaká, como é conhecido no mundo do futebol - tem o seu lugar reservado entre as maiores lendas da história do AC Milan, que esta segunda-feira anunciou a rescisão do contrato entre as duas partes por mútuo acordo.
Os momentos mais felizes da carreira de Kaká vão estar sempre diretamente ligados ao AC Milan. Desde logo porque foi o presidente Silvio Berlusconi que o trouxe com 20 anos do São Paulo para a Europa, quando então era “apenas” mais um menino brasileiro com o sonho de aproximar os feitos do ídolo Pelé.
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Em Milão, o criativo médio brasileiro mostrou bem cedo que os milhões gastos na sua contratação não haviam sido em vão. Muitas vitórias, títulos, exibições de encher o olho, recheadas de golos e assistências um pouco para todos os gostos. “Quero poder entrar na história deste clube”, afirmou na apresentação aos sócios em janeiro de 2004. Conseguiu o objetivo rapidamente.
Bola de Ouro e Liga dos Campeões
Em San Siro, Kaká atingiu o topo do Mundo, não só em termos coletivos como individuais. Em 2006/2007, foi a maior figura da equipa na conquista da Liga dos Campeões e na época seguinte tornou-se verdadeiramente fundamental para que os italianos conquistassem tanto a Supertaça Europeia como o Mundial de Clubes.
Esse triplete empurrou o menino bonito do futebol brasileiro para o estatuto de incontestável Bola de Ouro em 2007, apenas um ano antes de Cristiano Ronaldo conquistar a sua distinção de melhor do Mundo.
“Agradeço a Deus, à minha esposa, à minha família e, claro, a todos os meus colegas e dirigentes do AC Milan. Sem eles seria impossível esta conquista”, afirmou na altura o brasileiro, sem nunca esquecer o clube do coração no momento do discurso, em janeiro de 2008.
Real não correu como esperado
Depois de muita resistência à saída e depois de seis gloriosas épocas ao serviço do Milan, Kaká saiu finalmente de Itália rumo ao único clube com um palmarés europeu ainda superior ao do emblema de Milão: o Real Madrid.
Por 65 mil euros e poucos dias antes da chegada de Cristiano Ronaldo, Kaká apresentou-se no Santiago Bernabéu com ambições de repetir em Madrid os feitos alcançados em Milão, mas o esplendor do seu talento nunca foi sentido na capital espanhola da mesma forma que havia acontecido em Itália.
Uma pubalgia, lesões graves e menos títulos do que era expectável acabam por resumir as quatro temporadas de Kaká ao serviço do Real, que nunca convencer verdadeiramente a muito exigente massa adepta madridista. A saída bem cedo inevitável. O regresso ao local onde foi mais feliz também. Juntou-se o útil ao agradável.
A 5 de abril deste ano, o clube rossonero homenageou Kaká pelos 300 jogos ao serviço do clube com uma medalha comemorativa. O presidente Silvio Berlusconi revelou, através de uma carta lida por Galliani, o desejo de ver o brasileiro a “chegar aos 400 ou 500 encontros” e o médio retribuiu a gentileza: “Estou muito satisfeito com os 300 jogos. Espero ser capaz de fazer outros tantos. Muito obrigado.”
Três meses depois, Kaká deixa o clube para representar o São Paulo até dezembro, por empréstimo, rumando depois para Orlando, da Liga norte-americana.
Os números de Kaká
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