Trabalhadores da FIAT decretam greve após contratação de Ronaldo

Depois dos protestos da semana passada

• Foto: Reuters

Depois dos protestos da semana passada, por causa dos rumores que apontavam para a contratação de Cristiano Ronaldo por parte da Juventus, os trabalhadores da FIAT avançaram mesmo para a greve, isto um dia depois de o avançado português ter mesmo sido confirmado como reforço da Vecchia Signora, numa transferência feita nos 100 milhões de euros - na qual a FIAT teve participação direta.

"É inaceitável que, enquanto os trabalhadores da FCA e da CNHI continuam a fazer enormes sacríficios económicos, a empresa decida gastar milhões de euros na compra de um jogador. Dizem-nos que os tempos são difíceis, que temos de recorrer a redes de segurança social, que temos de esperar pelo lançamento de novos modelos que nunca chegam... E enquantos trabalhadores e as suas famílias têm de apertar os cintos cada vez mais, a empresa decide investir imenso dinheiro apenas num ser humano", pode ler-se no comunicado emitido pela Unione Sindacale di Base.

"É justo? É normal uma pessoa ganhar milhões, enquanto milhares de famílias não conseguem sequer chegar ao meio do mês? Somos todos empregados do mesmo dono, mas a diferença de tratamento não pode ser aceite. Os trabalhadores da FIAT deram à empresa uma fortuna nas últimas três gerações, mas em troca recebem apenas uma vida de miséria. A empresa deve investir em carros que garantam o futuro de milhares de pessoas, em vez de enriquecer apenas uma. Esse deve ser o objetivo, uma companhia que coloca os interesses dos seus empregados em primeiro lugar. Se não for assim, então é porque preferem o mundo do futebol, do entretenimento e tudo o resto. Pelas razões descritas acima, a Unione Sindacale di Base declara uma grave da fábrica de Melfi da FCA, entre as 22 horas de domingo (15 de julho) e as 18 horas de terça-feira (17 de julho)", acrescenta a mesma nota.

Por Fábio Lima
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