Mourinho e a reviravolta frente ao Lecce: «Sinto-me mal por eles porque fizeram um jogo extraordinário»

Treinador da Roma dirigiu ainda umas palavras a Lukaku, um jogador "muito sensível e emocional", que ter-se-á sentido abalado após falhar o penálti

José Mourinho estava visivelmente satisfeito pela vitória (2-1) da Roma frente ao Lecce, conquistada já nos descontos com Lukaku a vestir a pele de herói aos 90'+4. O avançado falhou um penálti nos minutos iniciais da partida e na opinião do treinador português não haveria melhor forma de o internacional belga lidar com esse desperdício do que com o golo que resolveu o jogo. 

"É a primeira vez que falha [um penálti] em Itália, mas é a segunda vez que o faz comigo. Ainda me lembro da Supertaça Europeia com o Chelsea. Ainda assim, quem bate penáltis corre sempre o risco de falhar. Dybala não estava preparado e confiamos plenamente em Lukaku. Conheço-o melhor do que ninguém. O Lukaku é um jogador muito, muito emocional e sensível. Quando falha um penálti nos primeiros minutos, isso afeta-o para o resto do jogo. É por isso mesmo que para ele não poderia ter sido melhor marcar o golo da vitória no último minuto, vai ajudá-lo a dormir melhor esta noite e a acordar amanhã com um sorriso no rosto", começou por dizer o 'Special One', em declarações à DAZN.

Mensagem passada à equipa e crença até ao final

"Queria falar com os jogadores porque o jogo ainda não tinha acabado e a equipa estava desequilibrada. Voltámos àquela velha máxima: não interessa se perdes por 1-0 ou por 10-0, continuará a ser uma derrota. Acabámos o jogo com cinco avançados no relvado e com o Belotti como extremo-direito. Os rapazes foram fantásticos, os adeptos também, porque normalmente uma equipa que está a perder nos descontos em casa não merece este nível de paixão do público."

Análise ao jogo e aos elogios que teceu ao adversário no lançamento do jogo

"A primeira parte poderia ter sido para o nosso lado, mas eles mostraram coragem para lutar e responder a toda a situação. Na antevisão, tinha alertado que o Lecce era uma equipa muito bem organizada com avançados rapidíssimos e fortes no contra-ataque e eles confirmaram tudo isso. Sinto-me, de certa forma, mal por eles porque fizeram um jogo extraordinário. Também me sinto mal pelo Falcone [n.d.r. é o guarda-redes da Lecce], que é um grande adepto da Roma, mas que defende praticamente tudo quando joga contra nós."

O importante apoio do público

"Treinei seis ou sete clubes e não me lembro de estar numa situação em que os adeptos continuam a puxar pela equipa quando está a perder em casa."

Adversário também poderia ter saído com os três pontos 

"Eu fiz algumas mudanças na equipa que tiveram consequências positivas, mas a verdade é que o Lecce também poderia ter facilmente marcado mais golos e vencido a partida. Foi um jogo louco."

Era previsto que Dybala fizesse apenas uma hora, mas aguentou-se o jogo todo...

"Também fiquei surpreendido! Fez algumas coisas muito boas. Dybala é importante para nós, mas penso que hoje vimos um Paulo cheio de paixão e a ajudar a equipa, que estava com algumas dificuldades. Ele fez muito hoje, mas já lhe disse que o melhor para ele era continuar aqui e não viajar com a equipa para Praga. E ele respondeu-me: 'não, quero viajar e jogar!'"

Adversários que perderam pontos nesta jornada

"Não creio que seja normal tantas equipas que estão nos lugares cimeiros da tabela tenham perdido pontos este fim de semana. Lazio, Milan, Atalanta... entre Juventus e Fiorentina, uma delas também perderá pontos. Isto não é algo normal e nós não poderíamos perder pontos também. Agora estamos um pouco mais perto das equipas cujo objetivos apontam para os lugares mais acima da tabela", terminou.

Por Record
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