Mourinho e a etapa no Fenerbahçe: «Se acreditasse em tudo o que ouço, já tinha ido embora»

Treinador português mostra-se pronto para lutar por títulos

• Foto: EPA

Em menos de três meses ao leme do Fenerbahçe, José Mourinho já sentiu toda a emoção em torno do futebol turco e garante estar preparado para a nova realidade.

"É muito diferente de Inglaterra onde morava a 10 minutos do estádio e ia a pé para casa no fim do jogo. As pessoas lá vivem o jogo durante 90 minutos, mas depois têm as suas vidas durante a semana. Aqui não conseguia caminhar 10 metros. Sinto muito as expectativas das pessoas, mas gosto dessa pressão e emoção. Estou cá para ajudar o clube, os jogadores e os adeptos a alcançar o que desejam e darei o melhor de mim", explicou em entrevista à 'HT Sport'.

Sobre a decisão, diz que foi o Fenerbahçe que o escolheu. "Na altura havia três candidatos à presidência e todos vieram falar comigo. Fizeram-me sentir o quanto me queriam. Eu também estava motivado por vir para um novo país e ajudar o clube na ambição de acabar com um período difícil ", atira, garantindo que a promessa de "vestir a camisola" não foi conversa de cirscunstância. 

"Sou assim como profissional. Cada clube onde trabalho, torna-se o meu clube. Não sou eu que importo." O futebol turco também é rico em polémicas, mas José Mourinho prefere ver com os próprios olhos.

"Se acreditasse em tudo o que ouço, já tinha pegado nas minhas coisas e ido embora. Saí de Portugal há 20 anos e em todos os países consegui aprender por mim, adaptar-me e conquistar títulos. Vou tentar o mesmo aqui. Se ficar dois anos e não ganhar a liga, nessa altura explicarei o porquê", sublinha.

Quando ao mercado, o técnico diz estar satisfeito apesar de se ter visto limitado na qualificação da Liga dos Campeões, que não alcançou. "O ideal era ter o plantel fechado no primeiro dia, mas o futebol já não é assim. Tive muitos jogadores no Euro, agora  Liga das Nações. Fizeram um esforço enorme para ajudar nas eliminatórias europeias, alguns tiveram uma semana de férias", explica. 

Por fim, mostra-se satisfeito com a profundidade do plantel. "Vamos jogar oito jogos da Liga Europa, muitas vezes à quarta-feira. Precisamos de uma equipa equilibrada em todas as posições e não apenas 11 jogadores", disse, revelando ainda uma vantagem que encontrou na Turquia: "Ligo a televisão e não percebo nada do que dizem [sobre a equipa]. Vou às redes sociais e não percebo nada. Se calhar é o melhor."

Por Vasco Borges
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