Marisa Pires, GD Chaves
"Só de falar já estou a tremer." Foi assim que Marisa Pires reagiu quando lhe dissemos que queríamos falar do seu amor ao Chaves. Um sentimento que está consigo desde que nasceu, muito devido à influência do seu pai, um antigo jogador do clube, que em 1960 deixou Portugal para rumar a Angola, país onde esta adepta flaviense nasceu há 45 anos. Por ali ficou apenas mais dois, tendo-se mudado e fixado em Chaves logo depois. Por isso é com orgulho que assume o Desportivo local como o clube da sua terra.
Uma paixão que se alastra a toda a família e que impede os seus filhos de serem aquilo que apelida de "tutti frutti". "Não são como os outros, que têm dois clubes. Não se pode ter uma mulher e uma amante, não é?", atirou, entre risos, esta professora de Educação Física, que na sua atividade profissional não deixa de tentar "converter" mais adeptos ao clube da terra. E se algum surge nas suas aulas com camisolas de outros clubes… "ponho-lhes logo coletes". O aviso é dado desde cedo e há até alunos que decidem "brincar" com esse castigo. "Tenho um aluno que vai sempre com a camisola do FC Porto ou do Real Madrid. Houve um dia em que levou a do Chaves e não reparei! No final da aula, virou-se para mim e disse: ‘Pois, pois. Agora que trouxe a camisola do Chaves a professora não diz nada.’"
Pois bem, o amor pelo Chaves fá-la viver o clube desta forma e, no seu entender, só é pena não haver mais adeptos assim, que levem o Chaves, "a bandeira da região", mais além. "Apesar de a região não manifestar muito, há muita gente do Chaves. Durante 17 anos estes jovens viram o Chaves nas aldeias e os pais, que têm culpa, não lhes transmitiram que há um clube e não dois", lamenta. Mesmo assim, deixa claro que para os adeptos flavienses "não importa quantos somos, mas sim quem somos", e que todos eles transportem os valores do clube, a "luta, a garra pelas cores e por uma região".
» Sempre que vai assistir a um jogo do Chaves, Marisa evita levar a camisola do clube vestida. "Sempre que a visto… perdemos", revela. A opção habitual passa então por um cachecol;
» Marca presença em todos os jogos caseiros. Fora de casa já se torna mais complicado, porque "é sempre vezes três", isto porque tem de pagar igualmente o ingresso dos seus dois filhos.
» No lado positivo, Marisa recorda os duelos que em 1984/85 (na Madeira) e 2015/16 (em Portimão) permitiram à equipa flaviense a subida de divisão.
João Monteiro, Portimonense SC
Márcio Teixeira, Moreirense FC
Joaquim Vareiro, Rio Ave FC
Ana Fernandes, CF Os Belenenses
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Triunfo indiscutível por 5-0